Um terço dos habitantes de Avaré (SP) não deixam agentes investigarem focos da dengue nas casas, segundo levantamento feito pela Vigilância Epidemiológica. O órgão tenta intensificar a fiscalização no município de 87,8 mil habitantes, segundo últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A prefeitura informou que os moradores têm até 15 dias para limpar terrenos com possíveis criadouros.
Com grandes dificuldades para realizar o trabalho de contenção, o supervisor do controle de vetores Henrique da Cruz Pinto aponta que a Vigilância está focada em medidas que possam ajudar a diminuir a média de recusa. “Nós temos implantado a sala de situação de dengue, na qual nós discutimos meios para reduzir a pendência. Já temos um agente que vai até as casas para conseguir reduzir o número. Estamos buscando saídas junto ao Judiciário. Em épocas de pico de transmissão buscamos ajuda do Exército e outros órgãos”, explica.
De acordo com a Vigilância, o trabalho é intensificado nesta época do ano e no último mês aproximadamente 4 mil imóveis foram vistoriados. Em 27 localidades, larvas do mosquito Aedes aegypti foram encontradas. No entanto, conforme a entidade, nenhum dos casos era crítico e não houve necessidade de nebulização.
Desde o início do ano, a cidade registrou 296 confirmações. A maior parte dos casos (200) foi contraída no próprio município. Preocupada com estes dados, a dona de casa Ivani de Camargo ressalta a importância da prevenção e combate ao mosquito. “Tem que estar tudo limpinho. Cada um cuida do seu lar”, comenta.
Nota do Executivo
A administração municipal disse que o departamento de fiscalização tem notificado moradores por meio de carta com aviso sobre o recebimento e publicação no Semanário Oficial do Município.