Terra de obra invade casas durante chuva e forma 'montes' de lama


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Jornal O Avaré 05/01/2016 13:08:55

Dez casas no Bairro Capitão Césario, em Itaí (SP), foram afetadas.
Empresa afirma que já auxilia moradores e que irá reparar prejuízos.

 

Moradores de dez casas no Bairro Capitão Cesário, em Itaí (SP), tiveram as residências invadidas por terra de uma obra para construção de casas populares. O problema aconteceu durante chuva no sábado (2). No domingo (3), o repórter Romeu Neto, da TV TEM Itapetininga, encontrou "montes" de lama dentro da casa do colhedor de laranja Agnaldo Aparecido Gropo. “Tem que ver o que fazer, procurar a Justiça, o responsável por isso tudo para ver como vai ficar”, diz.

Por nota, a construtora responsável, empresa Ecovita, disse que já está dando assistência às famílias que tiveram as casas invadidas pela lama e está providenciando a limpeza dos imóveis mais atingidos. Afirmou ainda que vai reparar o que foi perdido pelos moradores. Na obra, uma rede de proteção foi reforçada para que o problema não continue.

Móveis, roupas e eletrodomésticos foram perdidos depois que a lama invadiu todos os cômodos na residência de Gropo. Para ajudar no escoamento da enxurrada, o colhedor de laranja fez até um buraco no muro, mas que não resolveu muita coisa. “A gente perdeu cama, colchão, geladeira, bastante coisa”, conta.

A casa da dona de casa Maria Lúcia de Souza a maior parte da lama já foi retirada. Ela diz que foi questão de minutos para a casa toda virar um lamaçal. “Quando ouvi estourou a porta da sala, veio aquela água, aquele barro. Veio o barro e fui erguendo as coisas no chão, o que dava como sapatos, tapete. O bairro foi invadindo e chegou até o fundo”, descreve.

Pelo bairro ainda era possível ver areia acumulada nas ruas e calçadas no domingo. De acordo com moradores, o problema da terra espalhar durante chuva já tinha acontecido outras vezes, mas nenhuma tão forte como a última.

O ajudante de serviços gerais. Joel da Rosa sente-se prejudicado após os estragos e espera um posicionamento dos responsáveis pela obra. “Tem que indenizar o pessoal, precisa. A empresa tem que indenizar ou a prefeitura, sei lá. Alguém tem que fazer alguma coisa”, conclui.


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