Tecnologia consegue afastar pombos de unidades de saúde


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Jornal O Avaré 22/03/2016 01:29:39

O mau cheiro, a sujeira e principalmente o risco de doenças levaram a Secretária Municipal de Saúde a apostar em uma nova tecnologia para espantar os pombos após problema de infestação em três unidades de saúde de Bauru, situadas na Vila São Paulo, Nova Bauru e Jardim Jussara/Vila Celina – esta última ainda não foi inaugurada.
 
 
Depois de sucessivas tentativas de afastá-los, sem sucesso, a solução foi investir em equipamentos eletromagnéticos, adquiridos de uma empresa de Botucatu especializada no combate de pragas. O resultado, após menos de uma semana da instalação, foi a erradicação dos animais.
 
 
De acordo com o diretor de Departamento da Administração da Secretaria de Saúde, Edson Luiz da Silva, as unidades de saúde conviviam com infestação de pombos há mais de dois anos. “Estamos à procura de alternativas porque já tínhamos tentado de tudo: tela, gel, aparato de choque. Nada disso resolveu, pois alguns moradores insistiam em alimentá-los”, contou.  
 
 
Em novembro do ano passado, a pasta descobriu o equipamento, que é instalado no telhado do prédio e emite sinal sonoro capaz de desorientar as aves. A empresa fornece a opção “instalação-comodato”, ou seja, paga-se um valor bruto pelo produto e depois efetua-se pagamentos mensais para manutenção.
 
 
O investimento, nas três unidades de saúde, foi de R$ 6,100,00. Por mês, a Secretaria desembolsa mais R$ 1 mil referentes às mensalidades. “Caso não funcionasse, a gente poderia romper o contrato. Achamos vantajoso. No entanto, surtiu o resultado esperado”, comemora Edson, destacando que foi a primeira ação do tipo em Bauru.
 
 
 
Funcionamento
 
 
 
Proprietário da empresa que desenvolveu o “dispositivo para eliminação da presença de pombos em edificações”, Fernando Garcia explica que o bico do pombo é constituído por um mineral chamado magnetita.  
 
 
“Essa magnetita é a carne branca que fica em cima do bico. Dentro, há estruturas chamadas de cristais de ferro, como se fossem agulhas de bussola. Elas são ligadas ao sistema nervoso central do pombo, ou seja, o animal se orienta através do campo magnético da Terra”, explica.
 
 
Segundo Garcia, o equipamento emana uma onda eletromagnética, que entra em conflito com o biológico do pombo. “Ele fica completamente desorientado, perde o ‘norte’ e acaba se afastando do local. O efeito é praticamente imediato”.
 
 
São instalados dois dispositivos: um gabinete de plástico ligado à energia, fixado em algum ponto do prédio, o qual é interligado por cabos a uma malha (tipo um guarda-chuva pequeno) colocada em cima do telhado, responsável por emitir as ondas eletromagnéticas.
 
 
 
Doenças
 
 
 
Embora simbolizem a paz, os pombos se tornaram uma praga urbana e podem oferecer sérios riscos à saúde. De acordo com técnico de saúde e agente de saneamento Roldão Antonio Puci Neto, as pessoas gostam de alimentá-los com restos de comida ou pão, deixando-os viciados.
 
 
“A gente procura orientar a população para não dar alimentos. Essa é a forma mais eficaz de eliminar a infestação em determinada região”, destaca Roldão, alertando para as doenças causadas pelo pombos, tais como asma, viroses, salmonela, meningite, entre outras.
 
 
 
Infestação
 
 
 
Um posto de combustíveis desativado na quadra 23 da rua Bernardino de Campos, Vila Giunta, está infestado de pombos. De acordo com o biólogo Reginaldo Donatelli, trata-se do pombo-doméstico, que pode transmitir doenças ao homem. Por isso, o fato vem gerando críticas de vizinhos, como é o caso do mecânico Edimilson Barbosa Mieli, 43 anos.
 
 
“Os pombos invadem a oficina e comem até a ração dos cachorros. É muito incômodo. Além disso, temos receio de pegar doenças. Eu já perdi um tio por causa de problemas de saúde decorrentes de pombos”, conta Edimilson.
 
 
A reportagem não conseguiu localizar o proprietário do prédio, mas apurou no local que moradores das imediações alimentam os animais com frequência, o que colabora para a permanência deles na área.
 
 
 
 


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