Revisão do Plano Diretor já apresenta conflitos


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Jornal O Avaré 04/06/2016 06:08:48

A revisão do Plano Diretor de Avaré, que teve aval da Câmara de Vereadores, já começa a mostrar que pontos revistos pelos seus conselheiros, através de audiências públicas, estariam beneficiando alguns e causando proibições a outros.
 
 
As indignações, segundo internautas, são que o Conselho do Plano Diretor, que no passado impedia a construção de prédios em bairros nobres, teria, agora, depois da revisão, mudado de ideia e liberado uma construção com até quatro andares.
 
 
Assim que a placa da empresa que irá construir o novo prédio foi colocada no terreno do bairro Pinheiro Machado, próximo ao bairro São Felipe, iniciaram-se as perguntas sobre o fato de, no passado, o Conselho do Plano Diretor não consentir construções desse tipo na região do bairro Pinheiro Machado e demais daquela região.
 
 
Segundo internautas, são decisões tomadas em audiências públicas, cuja revisão autoriza a construção no bairro considerado zona residencial, e que, de acordo com um internauta, o terreno do novo empreendimento encontra-se dentro da área destinada a uso familiar, com apenas uma unidade habitacional isolada por lote, o que não causava qualquer prejuízo aos moradores daquela área.
 
 
Por outro lado, cabe uma análise ampla sobre o assunto, pesando responsabilidade ao Conselho do Plano Diretor para que esclareça certas modificações, como até a retirada de um artigo que responsabilizava o prefeito e que, nessa revisão, foi suprimido, tirando essa responsabilidade e, com isso, já é certo que muitas críticas contra a revisão do Plano Diretor ainda vão ecoar pela cidade de Avaré, já que alguns processos poderão penalizar o prefeito Paulo Novaes pelo fato de ser o responsável maior pelo Plano Diretor.
 
 
Críticas apontadas pela imprensa falada e escrita de Avaré se baseiam em atos do Conselho do Plano Diretor, considerando que certas decisões tomadas, no passado, mostravam indícios de favorecimento e até mesmo prejudicando terceiros.
 
 
Desta vez, com a revisão do PD, que vai abrir brechas às quais, no passado, os Conselheiros eram rigorosamente contra, mudam de opinião, desta vez, fazendo com que a sociedade comece a entender porque o Jornal do Interativa sempre foi contra a maneira do Conselho do Plano Diretor conduzir certas modificações. Coisas que, no passado, não podiam e que hoje podem, ainda apresentando conflitos, depois dessa revisão que recebeu a anuência até mesmo da Câmara de Vereadores.
 
 
O Jornal do Ogunhê entrou em contato com Gai Cruz afirmou não ter nada contra o proprietário dos lotes e muito menos contra quem vai construir;  afirma que a indignação no bairro é geral contra as determinações do Conselho do Plano Diretor que permitiram a construção, sem ouvir os moradores, valendo-se de uma Audiência Pública e modificando o zoneamento onde, segundo Gai Cruz, apenas um empresário pode construir um prédio de quatro andares, descaracterizando todo bairro.
 
 
Gai Cruz informou que é proprietário de um lote ao lado de onde deverá ser construída a torre e, segundo ele, caso queira fazer um prédio no seu terreno, o Plano Diretor já não permite mais. Dessa maneira, entende Gai que se trata de uma situação direcionada.
 
 
Informou, ainda, que já protocolou no Ministério Público uma ação no último dia 27 de maio, contra a construção do prédio, com anuência de todos os moradores do bairro.
 
 
Outro lado: O Jornal do Ogunhê ouviu o proprietário do terreno Rubens Gonçalves Junior, mais conhecido como Junior do Escritório que afirmou: “trata-se de uma torre de quatro pavimentos, sendo o térreo destinado a estacionamento e três pavimentos destinados a apartamentos de alto padrão de dois e três dormitórios num total de 24 unidades, todas dentro da legislação vigente e de acordo com o Plano Diretor aprovado pela lei complementar 213 de 29 de Março de 2016, aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Avaré”.
 
 
Continua Junior do Escritório: “Qualquer outra informação ou divulgação diferente disso não passa de boatos divulgados por pessoas que não têm conhecimento do projeto ou com outras intenções alheias à verdade. Esclarecemos também que as normas que norteiam o loteamento onde está situado o terreno estão devidamente registradas em Cartório e não contem qualquer restrição para a realização do referido empreendimento”. E continua, “portanto, o empreendimento atende a todos os requisitos necessários à sua execução, o que deverá ocorrer sem prejuízo a qualquer cidadão, contribuindo, de maneira a engrandecer cada vez mais a nossa cidade” afirmou Rubens Gonçalves Junior, o conhecido Junior do Escritório.
 
 
 
Fonte: Jornal do Ogunhê


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