Represa de Jurumirim recupera 70% do volume após fortes chuvas


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Jornal O Avaré 05/02/2016 10:44:15

Índice saltou de 22% para 92% entre janeiro do ano passado e 2016. É uma surpresa maravilhosa e alegria para todos', diz Nilson Flores.

 

 

A represa de Jurumirim, na região de Avaré (SP), recuperou 70% do volume no intervalo de um ano após as fortes chuvas que atingiram a região. Conforme dados da Duke Energy, concessionária responsável pelo reservatório, em janeiro de 2015 o índice registrado era de 22%. No mesmo período de 2016, a marca saltou para 92%.

 

 

De acordo com a concessionária, a média histórica no volume de água da represa em janeiro é de 56%. Neste período em 2016, choveu 232 milímetros (ml) contra 123 milímetros no mesmo mês em 2015. A vazão atual chega a mais de mil metros cúbicos de água e a cheia fez com que o reservatório encobrisse o camping que funcionava nas margens do local.

 


Turistas e moradores comemoram a mudança no visual. “A surpresa é maravilhosa. Jamais esperava que se recuperasse tão rápido. Agora, nós podemos observar que o nível da água subiu bastante. É uma alegria para todos”, afirma o professor Nilson Flores.

 


Quem depende da situação da represa para lucrar também comemora com o momento. O instrutor náutico Luiz Gongora Rodrigues afirma que o período vive alta ao contrário do ano passado, quando o movimento de clientes era quase zero. “Aumentou consideravelmente. No início do ano passado a procura era de quase zero. Hoje, nós temos que fazer agendamento para o início de março”, relata.

 

 

Para dar conta da demanda de fregueses, o guia de pesca esportiva Paulo Rogério Ferreira dos Santos precisou sair de férias do emprego como funcionário público. “Tirei férias do meu trabalho para poder atender os turistas que chegam querendo conhecer a represa e a pesca no local. A temporada deste ano está ótima”, explica.

 

 

Contudo, apesar da boa notícia quanto à alta no volume, a bióloga Ligia Corazza destaca que a mudança nas condições do reservatório interfere diretamente no ambiente da região. “No momento em que há redução do corpo da água, existe prejuizo aos animais aquáticos. Em contrapartida, quando está cheio acontece uma redução de território, porque talvez determinada área tenha sido habitada no período por algum animal. Dessa forma, a espécie será morta por conta da água”, completa.

 

 

Reprodução G1

 


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