Professores, funcionários e alunos da Unesp de Botucatu entraram em greve esta semana em busca de melhores salários e condições de trabalho, mantendo em funcionamento somente os serviços essenciais. Em Botucatu os manifestantes fizeram o enterro simbólico da Universidade. Alegando comprometimento das receitas com salários, o conselho de reitores propôs há duas semanas reajuste zero aos docentes e servidores em 2014, proposta que não foi aceita.
Em nota a vice-reitora da Unesp, Marilza Vieira Cunha Rudge ressaltou que o momento é de prudência. Diz que “a massa salarial da Unesp consome 94,4% do orçamento, índice que ultrapassa em quase dez pontos percentuais o limite aceitável, que é de 85% e o adiamento do dissídio não é fruto da intransigência, mas da absoluta impossibilidade de atender às justas demandas da comunidade”. Lembra que, nos últimos anos a Unesp aplicou reajustes acima da inflação, com ganhos reais para todos e continuará buscando condições para que sejam aplicados índices justos de reajustes aos salários, mas que não comprometam a saúde financeira da Unesp”.
Também a superintendência do Hospital das Clínicas (HC) emitiu nota realçando que “respeita o direito de manifestação e greve, e confia que os funcionários da Unesp, que compõem o quadro de funcionários do HC junto com Famesp e Secretaria de Saúde do Estado, farão o possível para diminuir o sofrimento à população”. Explica que “todos os serviços de urgência/emergência funcionarão normalmente com consultas, exames, internações e cirurgias a as cirurgias eletivas sofrerão uma redução de 30% juntamente com exames e consultas”. Encerra a nota afirmando que “a diretoria de Assistência mantém uma comissão interna, que se reúne diariamente para avaliar problemas e evitar danos”.