Segundo dados do Portal de Transparência, a Prefeitura de Avaré, por meio da Secretaria da Saúde, gastou quase R$ 550 mil com a compra de máscaras cirúrgicas adquiridas entre os dias 24 de março e 12 de maio, ou seja, durante a pandemia do coronavírus.
A compra ocorreu de caráter emergencial. Se cada máscara custar R$ 5, com o valor utilizado pela Prefeitura daria para adquirir mais de 108 mil unidade, ou seja, mais de uma máscara por habitante.
Porém, durante a sessão da Câmara, realizada na segunda-feira, dia 8 de junho, as vereadores Marialva Biazon e Adalgisa Ward falaram sobre o material adquirido pela municipalidade.
Segundo a vereadora Marialva Biazon, apresentou uma denuncia que profissionais da área da saúde estariam trabalhando sem os equipamentos de proteção individual (EPI) especiais para a prevenção do coronavírus.
A parlamentar destacou que o posto de Estratégia da Saúde da Família (ESF) da cidade, estaria em falta dos EPIs, o que estaria colocando os profissionais da saúde em risco. Ela disse ainda que estariam faltando aventais para os servidores do Samu.
Já a vereadora Adalgisa Ward disse que em visita a algumas unidades de saúde de Avaré, realizada junto com os vereadores Cabo Sergio e Flávio Zandoná, verificou que algumas máscaras adquiridas pela Prefeitura estariam com prazo de validade vencidos. A parlamentar do PSD disse que está juntando documentos e obtendo mais informações para uma possível denúncia.
Para ela, a Prefeitura não poderia ter adquirido o material com o prazo de validade vencido, ou prestes a vencer.
NORMATIVAS -Segundo portaria publicada em março de 2020 pelo Ministério da Saúde, pode-se considerar o uso de respiradores ou máscaras N95 ou equivalente, além do prazo de validade designado pelo fabricante para atendimento emergencial aos casos suspeitos ou confirmados da COVID-19.
No entanto, as máscaras além do prazo de validade designado pelo fabricante podem não cumprir os requisitos para os quais foram certificados. Com o tempo, componentes como as tiras e o material da ponte nasal podem se degradar, o que pode afetar a qualidade do ajuste e da vedação.
Este tipo de uso pode ser liberado apena devido à demanda urgente causada pela emergência de saúde pública da COVID-19. Os usuários dessas máscaras que excederam o prazo de validade designado pelo fabricante devem ser orientados sobre a importância das inspeções e verificações do selo antes do uso.
Os usuários devem tomar as seguintes medidas de precaução antes de usar as máscaras N95 (além do prazo de validade designado pelo fabricante) no local de trabalho: Inspecione visualmente a máscara N95 para determinar se sua integridade foi comprometida (máscaras úmidas, sujas, rasgadas, amassadas ou com vincos não podem ser utilizadas); Verifique se componentes como tiras, ponte nasal e material de espuma nasal não se degradaram, o que pode afetar a qualidade do ajuste e a vedação e, portanto, a eficácia da máscara; Se a integridade de qualquer parte da máscara estiver comprometida ou se uma verificação bem-sucedida do selo do usuário não puder ser realizada, descarte a máscara; Os usuários devem realizar uma verificação do selo imediatamente após colocar cada máscara e não devem usar uma máscara que não possam executar uma verificação bem-sucedida do selo do usuário (teste positivo e negativo de vedação da máscara à face).
Fonte: Jornal A Voz do Vale.