A Prefeitura da Estância Turística de Avaré, através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, realiza regularmente o monitoramento das capivaras que vivem no Horto Florestal, um dos principais pontos turísticos da cidade. No momento, o local está fechado ao público por determinação do Plano SP.
O objetivo da pasta é evitar a proliferação de doenças como a Febre Maculosa. A enfermidade é causada pela bactéria Riquétsia (Rickettsia rickettsii), transmitida aos seres humanos através da picada do carrapato-estrela infectado pelo micro-organismo.
Esse carrapato pode utilizar como hospedeiro animais silvestres como capivaras, quatis e gambás, além de animais domésticos como cavalos, bois e cães.
Os dados técnicos obtidos com esse trabalho oferecerão ao órgão uma estimativa de quantas capivaras do bando deverão ser analisadas para que se verifique a eventual presença da bactéria, a fim de prever riscos de contágio para a população.
O estudo também é importante para estabelecer os cuidados necessários com os animais e para alertar população e visitantes que frequentam o Horto Florestal.
Orientações: Não há previsão para reabertura do ponto turístico, mas as orientações são permanentes. Para evitar o contágio, tutores que costumam levar animais domésticos para passeios no local devem submeter o pet ao tratamento permanente contra carrapatos.
A orientação é que o frequentador utilize o gramado no entorno do lago tomando as devidas precauções.
O correto é utilizar os bancos disponíveis, bem como manter os animais domésticos em guias e coleiras para evitar que acessem o espaço restrito às capivaras.
Também é recomendado o uso de repelente nas pernas. Além disso, as visitas ao espaço e às trilhas devem ainda ser feitas com calçados fechados.
Caso apresente sintomas da doença (febre, dor de cabeça e dores musculares, erupções, geralmente com pele escura ou crosta no local da picada do carrapato), a pessoa deve procurar o serviço de saúde imediatamente.
Exames negativos: A Secretaria do Meio Ambiente lembra que é proibida qualquer ação de controle como caça, captura ou esterilização de capivaras por parte do município.
“Embora os exames sorológicos realizados nas capivaras não tenham registrado a presença da bactéria Riquétsia, é nossa responsabilidade monitorar a saúde dos animais existentes no entorno do lago”, diz a pasta.
Em contrapartida, a simples adoção das medidas citadas já é uma forma de minimizar os riscos para os frequentadores do espaço turístico, salienta o município.
“As capivaras não podem ser consideradas vilãs. Esses processos ocorrem por conta do desequilíbrio ambiental existente em nossas cidades”, esclarece o Meio Ambiente.
Fonte: Jornal do Ogunhê.