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Três policiais civis do 2º DP de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, foram presos no final da tarde de terça-feira (19), acusados de cobrar "mesada" de um salário mínimo de comerciantes suspeitos de vender cigarros falsificados. A prisão foi resultado de uma ação em conjunto da Corregedoria da Polícia Civil, Polícia Militar e Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo as investigações, os policiais entraram em pelo menos três estabelecimentos comerciais, na região da Rodovia Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira, em busca de cigarros falsificados. Como a quantidade encontrada não era suficiente para um flagrante (menos de cinco maços), eles, segundo os corregedores, roubaram todo o dinheiro que havia nos caixas - cerca de R$ 300 reais por comércio - e disseram que voltariam no dia 30 para pegar o restante do valor que completasse um salário mínimo.
Em um último comércio, os policiais levaram o proprietário para o 2º DP junto com alguns maços de cigarro. Um morador viu a ação imaginou que fossem criminosos se passando por investigadores e acionou a Polícia Militar.
Os PMs foram até o local e ouviram os relatos. Um morador fotografou a viatura dos investigadores e os PMs identificaram que se tratavam de verdadeiros policiais. Enquanto isso, no 2º DP o comerciante detido foi liberado após dar dinheiro aos investigadores.
Os policiais civis ficaram sabendo da presença dos PMs na região e voltaram para o local dos comércios. Eles encontraram com os militares e um chegou a sacar a arma para o outro. Os investigadores prenderam o comerciante que haviam acabado de liberar alegando que ele havia fugido da delegacia e saíram rapidamente do local.
Os PMs foram até o Ministério Público junto com as testemunhas. Os promotores ouviram os depoimentos e acionaram a Corregedoria da Polícia Civil. Eles saíram do MPE e foram direto para o 2º DP de Mogi das Cruzes. Lá, prenderam os policiais Cristovão Bolanho de Faria, Flavio Augusto de Souza Batista e Paulo Sérgio de Melo em flagrante por crime de extorsão.
Pelo fato de Bolanho ser cunhado do delegado seccional de Mogi das Cruzes, Marcos Batalha, o delegado corregedor preferiu levar os investigadores para serem autuados na sede da Corregedoria, na Rua da Consolação, na capital. Os presos negaram as acusações.
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