A Polícia Civil prendeu 39 pessoas suspeitas de integrarem a facção criminosa PCC – Primeiro Comando da Capital – durante todo o sábado. Eles são acusados de envolvimento com o crime organizado e de participariam de ações comandadas pela fação que age dentro e fora dos presídios.
Durante a operação, comandada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), foram apreendidas armas, drogas e documentos. Cerca de 200 agentes da Divisão de Investigações sobre Crimes Contra o Patrimônio participaram da ação. Foram cumpridos 43 mandados de prisão e 47 de busca e apreensão desde segunda-feira.
Segundo informações do Deic, dois homens que fazem parte do alto escalão do PCC estão entre os presos. Um deles atuaria como "diretor operacional" da facção fora da cadeia e o outro seria dono de uma loja de carros usados na Zona Leste da capital paulista, onde o bando realizava reuniões.
Em São Paulo, as prisões foram realizadas nas Zonas Leste e Sul, mas também houve prisões nas cidades de Guarulhos e Suzano, na Região Metropolitana. Segundo o Deic, foram seis meses de investigação.
Na ação, a polícia apreendeu um fuzil, uma submetralhadora e quatro pistolas. Cem quilos de cocaína e crack, 43 quilos de maconha e 200 frascos de lança-perfume também foram encontrados.
Lucro – Antes do início da Copa do Mundo, interceptações telefônicas feitas pela Polícia Civil mostravam que a prioridade da cúpula da facção era aumentar os lucros com as vendas de entorpecentes durante o período do Mundial. Além das armas e drogas, foram apreendidos também DVDs e pen drives com agenda de contatos e registros de contabilidade da facção. Os dados serão usados pela polícia para tentar localizar outros integrantes que estariam envolvidos com o crime organizado.