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O homem que foi flagrado arremessando um cachorro através do portão de uma Organização Não Governamental (ONG) de Itapetininga (SP), na última quinta-feira (8), foi identificado pela Polícia Civil. Segundo o delegado responsável pelo caso, Marcus Tadeu Cardoso, familiares do suspeito afirmaram que ele prestaria depoimento na tarde desta segunda-feira (12). Contudo, ele não compareceu e será intimado para depor nesta terça-feira (13).
Conforme o responsável pela 2° Delegacia de Polícia de Itapetininga, a informação inicial é de que o homem é um fazendeiro e tem mais de 50 anos de idade. “O encontramos depois de pesquisar a placa da caminhonete que ele usou para levar o cão à ONG e abandonar o animal. Foi rápido”, conta.
No processo contra o suspeito estão incluídos dois crimes: abandono e maus-tratos contra animais, explica Cardoso. “Na maioria dos casos contra animais, o condenado responde com multa e serviços à comunidade. Normalmente a pessoa só vai presa, nesses casos, se ela não cumprir o que for obrigatório. Mas isso é uma suposição, claro, tudo depende da avaliação do juiz”, afirma.
Ainda segundo o delegado, ele espera concluir o processo até esta terça-feira (13), caso seja confirmada a oitiva com o suspeito. “A imagem é clara, não há muito a se falar contra ela”, conclui o delegado.
Maus-tratos
Representantes da ONG União Internacional Protetora dos Animais (Uipa) registraram boletim de ocorrência na sexta-feira (9) após uma câmera de segurança, colocada justamente para flagrar pessoas que abandonam cães e gatos no local, ter flagrado o abandono de um cachorro.
As imagens mostram o homem estacionando a caminhonete em frente ao portão da entidade. Ele desce do carro, sobe na caçamba, desamarra o animal e o joga dentro da ONG. Uma das voluntárias da Uipa assistia à movimentação pelas câmeras de monitoramento. Ela foi até o portão no momento e pediu para que o homem entrasse. Enquanto ligavam para a polícia, o homem fugiu.
De acordo com a veterinária da entidade, Nádia Campanholi, o homem chegou a afirmar para as funcionárias que deixou o cachorro na ONG porque ele estaria comendo galinhas de seu sítio. "Ele disse que tinha achado o cachorro na estrada, que ele não sabia o que fazer e resolveu jogar lá. Aí ele mudou a versão, falou que o cachorro era do caseiro de um sítio dele. Mas logo ele falou que não. Que o cachorro era dele mesmo, que estava comendo as galinhas do sítio e por isso resolveu jogar no abrigo. Em seguida, fugiu", afirma a veterinária.
Segundo Nádia, é comum esse tipo de cena. "Muito comum essa cena. Eu não sei, mas as pessoas acham que o abrigo não possui câmeras. Temos um monitoramento de 24 horas. A noite teve caso de deixaram uma cadela amarrada com filhotes e caixas com gatos. É comum", ressalta.
Ainda de acordo com a veterinária, o animal está bem e ficará em um lar transitório até a conclusão do inquérito policial.
Fonte: G1.
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