Pedreiro morre em batida e família só descobre 3 dias depois: 'Revoltante'


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Jornal O Avaré 19/01/2017 00:01:13

A família do pedreiro Luiz André Ferreira de Souza, de 39 anos, que morreu no dia 12 de janeiro em um acidente  de moto no quilômetro 110 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Sorocaba (SP), está revoltada por não ter sido avisada sobre a morte. Após buscas pela vítima, os parentes afirmam que descobriram que o corpo estava no Instituto Médico Legal (IML) apenas no domingo (15). O corpo foi encaminhado para o cemitério de Itapetininga (SP) em um caixão lacrado e os parentes contam que não puderam fazer velório.
 
 
 
 
De acordo com a irmã Neide Ferreira de Souza Campos, Luiz morava em Itapetininga com a mulher, mas trabalhava durante a semana em Tapiraí (SP). Segundo ela, ele precisou ir para Itapetininga na quarta-feira e na quinta-feira de manhã voltou para Tapiraí. Porém, não retornou na sexta.
 
 
"A esposa estranhou ele não voltar na sexta, mas como ele tinha faltado na quarta achou que ele estava 'pagando o dia' no trabalho. Quando ele não voltou no sábado de noite ela estranhou e foi aí que começamos procurá-lo", afirma Neide.
 
 
Os parentes foram atrás de um colega do trabalho e que também não sabia sobre Luiz. A irmã conta que fizeram uma força tarefa e procuraram em três caminhos diferentes entre Itapetininga-Tapiraí até que descobriram que o corpo estava no Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba e Luiz seria enterrado como indigente, segundo os familiares.
 
 
“Ele estava morto desde quinta-feira e ninguém nos avisou. Pensávamos que ele estava trabalhando. Ele estava com todos os documentos e o celular, porém tocava e ninguém atendia. Quando ficamos sabendo, uma pessoa da família foi reconhecer o corpo no Instituto Medico Legal e o caixão já veio lacrado. Não tivemos nem a oportunidade de fazer um velório. Eles deviam ter nos avisado, porque ele estava com todos os documentos”, conta a irmã.
 
 
 
 
No IML, familiares foram informados que a vítima seria enterrada em Sorocaba (SP) no domingo, sem que a família fosse comunicada. Segundo o Instituto, a obrigação de avisar a família nestes casos é do Estado.
 
 
A reportagem da TV TEM entrou em contato com a Polícia Civil, Polícia Militar Rodoviária e Secretaria de Segurança Pública e todos os órgãos informaram que não há um procedimento padrão e nem uma lei que defina de quem é essa responsabilidade. De acordo com a Polícia Civil, o homem não seria enterrado como indigente, porque no boletim de ocorrências constam os dados dele. Porém, não soube dizer o porquê a família demorou a ser informada.
 
 
Ainda segundo a polícia, um inquérito será aberto para investigar as causas do acidente, mas nenhum órgão falou se vai investigar o motivo da família não ter sido avisada. “É revoltante”, lamenta a irmã.
 

 

 

Fonte: G1.


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