Pacientes de cidades pequenas reclamam da demora nos atendimentos na Santa Casa de Avaré


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Jornal O Avaré 24/07/2018 07:59:33

Pacientes de Águas de Santa Bárbara (SP), Iaras (SP) e Manduri (SP) reclamam da demora nos atendimentos por médicos especialistas desde que passaram a ser atendidos na Santa Casa de Avaré (SP).
 
 
Antes, os moradores eram atendidos na Santa Casa de Cerqueira César (SP), cidade que fica mais perto desses municípios. Contudo, a mudança foi feita pelas próprias prefeituras, que cortaram a referência médica de baixa e média complexidade da Santa Casa de Cerqueira César.
 
 
Com isso, os moradores reclamam que estão enfrentando mais tempo nas rodovias e demora na unidade de Avaré.
 
 
Luciene Aparecida Fiurucci, por exemplo, conta que seu filho machucou a perna e foi preciso viajar até Avaré para que ele fosse atendido.
 
 
“A gente saiu por volta de 15h. Ficamos aguardando e foram nos chamar era mais de meia-noite pra ver o exame pronto. Dependendo dos casos que são simples é desgastante a pessoa ter que ir até lá”, afirma.
 
 
Lázaro Pedro Pinto Cardoso afirma que precisa do atendimento e está preocupado com a situação. “Tem que melhorar, senão estamos perdidos", diz.
 
 
O vice-provedor da Santa Casa de Cerqueira César alega que durante os meses de janeiro até março o atendimento continuou para os pacientes das três cidades, mas os valores para cobrir os custos não foram repassados pelas prefeituras.
 
 
Com isso, segundo ele, surgiu uma dívida de quase R$ 500 mil e uma dificuldade em manter o funcionamento do hospital. “Eles deviam enviar uma carta do que foi deixado de atender e do que foi atendido. Nós, da Santa Casa, não recebemos nada de oficial de nenhuma prefeitura”, diz.
 
 
O procurador jurídico de Iaras João Gabriel Lemos disse que a prefeitura quer pagar a dívida, mas ainda não tem prazo para isso.
 
 
“O número caiu de 400 para 137 atendimentos. Por conta dessa falta de sintonia entre o número de pacientes anteriormente e posteriormente apresentados, gerou esse espaço de tempo sem pagamento. Mas a prefeitura vai pagar a Santa Casa”, explica.
 
 
A Secretária de Saúde de Cerqueira César, Marilda Rissato Paulin, afirma que a prefeitura irá tentar marcar uma reunião com todos os municípios.
 
 
“Quando tiver o levantamento e tiver a real situação, vamos entrar em contato com as prefeituras da região para ver se a gente consegue um diálogo", diz.
 
 
A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do estado informou que o pedido de transferência dos atendimentos de Cerqueira César para Avaré partiu das prefeituras de Águas de Santa Bárbara, Iaras e Manduri e a decisão foi conjunta, entre o estado e os municípios.
 
 
Afirmou ainda que de 2014 até agora o estado repassou R$ 1,4 milhão para a Santa Casa de Cerqueira César, que ainda deve receber outros R$ 660 mil até o ano que vem.
 
 
Já a Santa Casa de Avaré recebeu do estado R$ 12,4 milhões desde 2014 e até 2019 devem ser repassados mais mais de R$ 6 milhões.
 
 
Em nota, a prefeitura de Manduri informou o hospital de Avaré tem mais serviços a um custo menor, o que compensaria o tempo a mais de deslocamento.
 
 
Informou ainda que não reconhece nenhuma dívida com a Santa Casa de Cerqueira César. O termo de colaboração entre eles acabou no fim do ano passado e por isso a prefeitura não teria mais autorização para pagar o hospital.
 
 
A prefeitura também estaria em contato com a administração municipal das outras cidades que eram referenciadas para a Santa Casa de Cerqueira César para tentar encontrar uma solução para o caso.
 
 
A prefeitura confirma que o pronto atendimento de Manduri não funciona 24 horas por dia e que seriam necessárias muitas contratacões de profissionais da saúde pra que o servico fosse oferecido.
 
 
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Águas de Santa Bárbara, mas não obteve retorno.
 
 
Investigação
 
Segundo o promotor responsável pelo caso, um inquérito civil está apurando possíveis irregularidades nos repasses dos três municípios para a Santa Casa e também as condições de funcionamento do local.
 
 
Se for comprovado que o direto a saúde dos cidadãos foi prejudicado, é possível que o Ministério protocole uma ação para transferir dinheiro para uma conta judicial pra o pagamento da dívida.
 
 
Ainda segundo o Ministério Público, antes de qualquer decisão, o promotor irá pedir uma reunião com os responsáveis para tentar chegar a um acordo.
 
 
 
Fonte: G1.


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