Obra pública demora seis anos, custa R$ 3,5 milhões e pode nem ser usada


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Jornal O Avaré 28/11/2014 10:54:51

Prédio que seria a câmara de Avaré, prédio pode virar um 'elefante branco'.
Presidente do Legislativo fala em falta de planejamento no projeto.

 

 

O novo prédio da Câmara de Vereadores de Avaré (SP), inaugurado na última quinta-feira (26), chama a atenção pela beleza e tamanho: a arquitetura tem traços que impressionam, a frente é repleta de vidros, o plenário tem capacidade para 336 pessoas e o saguão é espaçoso. Apesar da estrutura, a presidente da câmara, Bruna Silvestre, afirma que faltou planejamento e funcionalidade para o prédio e pensa em uma nova construção:

“Eles não pensaram no futuro. Só pensaram na beleza, na arquitetura do prédio. O que daria certo? Fazer um anexo de R$ 350 mil ficaria perfeito. O que o novo presidente precisa decidir é se vai ficar com o prédio ou se vai devolver à prefeitura. Outra sugestão é passar a câmara para a prefeitura ou ficar os dois poderes no novo prédio da câmara.”


Desde 2008, foram mais de R$ 3,5 milhões investidos para que a casa do Legislativo fosse considerada um ponto turístico do município e atendesse melhor as condições de trabalho dos funcionários e dos 13 vereadores. Mas, mesmo inaugurado, o prédio ainda não está em funcionamento, pois não foram feitas as licitações para a compra de móveis e equipamentos. A presidente da câmara ressalta que não há prazo para o fim da licitação e a compra dos móveis. “A obra em si está acabada, não há mais nada para mexer”, ressalta.

TV TEM e o G1 mostraram por diversas vezesas paralisações nas obras do prédio. Os motivos, ainda de acordo com a presidente da câmara, foram vários: mudanças no projeto original, troca de engenheiros responsáveis, chuva e, principalmente problemas com as empreiteiras que venceram as licitações.

O vereador Ernesto Albuquerque foi um dos que acompanharam todo o impasse relacionado a obra e questionou a necessidade de uma nova câmara. “O projeto poderia ter sido mais simples. Na verdade, acho que nem haveria necessidade de ser construído uma nova câmara”, aponta.

Entre os moradores, indignação. Eles não entendem o motivo da demora para a entrega da construção e o tamanho do investimento que pode se tornar inútil. “É muito dinheiro. Coisa que poderia estar investindo em muitas coisas e investiram só lá. Esperaram tanto tempo e nem está pronto ainda”, reclama o auxiliar de mecânico Tiago Machado.

Posições dos responsáveis
A prefeitura que fez o repasse da verba para a construção da câmara disse que a responsabilidade em fiscalizar a obra seria dos presidentes que comandaram o legislativo nesses seis anos: a atual presidente Bruna Silvestre, Roberto Araujo, Marialva Biazon, ex-presidentes, e Luiz Antonio Clivate, criador do projeto.

A presidente atual da câmara explicou que a sugestão de construir um anexo é para atender a necessidade dos vereadores, já que a instalação dos gabinetes no novo prédio seria em divisórias o que mudaria a arquitetura do local.

O ex-presidente da câmara Roberto Araujo disse que gastou apenas os valores referentes às dívidas deixadas pela administração anterior. Falou também que licitou e deixou dinheiro em caixa para a cobertura do prédio, que podia apresentar problemas. E que preferiu investir em melhorias para os servidores do que em construções.

A também ex-presidente da câmara Marialva Biazon informou que a construção do prédio nunca foi uma prioridade no mandato dela. E que apesar do repasse em dia, devolveu parte do dinheiro para a quitação de salários dos funcionários municipais.

Luiz Antonio Clivate, o ex-presidente autor do projeto de construção, explicou que o orçamento inicial era de pouco mais de R$ 2 milhões. E que deixou aproximadamente R$ 900 mil em caixa para a continuidade do projeto, além de R$ 600 mil previstos em orçamento nos dois anos seguintes.

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Prédio demorou seis anos para ser construído e custou mais de R$ 3,5 milhões (Foto: Adolfo Lima/ TV TEM)Prédio demorou seis anos para ser construído e custou mais de R$ 3,5 milhões (Foto: Adolfo Lima/ TV TEM)

 


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