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“Eu achei que ia perder tudo, todo mundo ia ficar contra mim, que não teria o apoio de ninguém”. É dessa forma que a adolescente Wingrid Miranda Simões, de 17 anos, fala sobre o momento em que soube que estava grávida, ainda aos 16 anos. A jovem de Itapetininga (SP) ilustra uma preocupante realidade: o número de grávidas menores de idade cresceu 20% na cidade.
No total, 237 adolescentes deram à luz na rede pública do município em 2015. Ano passado, foram 285 novas mães na faixa etária dos 13 aos 17 anos. Até março deste ano, já foram registradas 74 meninas grávidas em Itapetininga.
Aos 16 anos, Wingrid fez parte dessa estatística e, hoje, carrega orgulhosamente Alice, a filha de 1 mês de vida. Mas a felicidade não foi tão fácil de alcançar.
“Quando a gente não tem apoio, só se pensa em coisa ruim. Depois que minha mãe me apoiou, foi tudo melhorando. O que eu precisasse, ela estava ali para me explicar. Ficou tudo mais fácil”, lembra a jovem.
O número de jovens grávidas, embora crescente em Itapetininga, diminuiu no país. Segundo o Ministério da Saúde, houve uma redução de 17% de grávidas adolescentes no Brasil, entre 2004 e 2015, segundo dados preliminares do Sinasc (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos). O órgão considera no levantamento jovens de 10 a 19 anos. A pesquisa também aponta que 66% das gravidezes em adolescentes são indesejadas.
Wingrid está entre a maioria que não planejava uma gravidez. E, por isso, a decisão de contar que estava grávida para a mãe foi mais difícil ainda. Ao saber que a filha estava grávida, a cozinheira Tânia Miranda das Neves não quis acreditar, principalmente porque a adolescente escondeu a gravidez por mais de um mês.
“Eu não conseguia aceitar porque pensava nos estudos, na juventude dela. Porque ser mãe não é fácil e ela sabia disso, eu sempre expliquei tudo para ela”, conta a mãe.
Mas o coração de mãe falou mais alto e Tânia decidiu apoiar a filha em todas as fases da gestação. Foi então que mudou tudo na cabeça da jovem Wingrid. Ao olhar para a filha, a jovem mãe declara: “Ela é a minha felicidade, cada dia que passa é mais amor”, derrete-se a adolescente.
A rotina mudou bastante com a chegada da Alice, mas mesmo assim Wingrid não deixou os estudos. Ela faz trabalhos da escola em casa para compensar as faltas, direito garantido em lei.
A coordenadora de Projetos Especiais da Diretoria de Ensino de Itapetininga, Mirna Fernandes Hartze, explica como o órgão age diante de grávidas estudantes. “Assim que uma jovem conta está grávida, fazemos um acolhimento, falamos sobre seus direitos, de poder se ausentar para ter o bebê, da licença de três meses e é feito um trabalho de compensação de ausência”, afirma
“Essa jovem recebe o trabalho indicado pelos professores e pode levar trabalho para fazer em casa. Ela também tem o direito de voltar para fazer as provas finais [na escola]”, completa.
Fonte: G1.
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