Atualmente, o desconto é feito de forma única para todas as categorias e tendo o salário base como referência.
A Prefeitura de Avaré voltou a repassar, a todos seus funcionários, o Vale Transporte devido. O pagamento, que estava retido desde o mês de maio de 2014, foi retomado no último mês de dezembro, satisfazendo parte das necessidades dos trabalhadores; porém, alguns dos novos aspectos do benefício desagradaram a maior parte dos servidores públicos locais. As reclamações foram percebidas pela direção do Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais de Avaré e Arandu, entidade que pretende tomar medidas para coibir as mudanças verificadas.
A atualização do repasse do Vale Transporte, por parte da gestão Poio Novaes, foi alterada, em comparação aos últimos governos, afetando especificamente o bolso dos trabalhadores avareenses: atualmente, o desconto feito para quitação do benefício é realizado tendo o salário base como referência e, além disso, é cobrado o mesmo percentual de todas as categorias. Exemplificando: durante a gestão Wagner Bruno, os funcionários da Prefeitura de Avaré percebiam o desconto de 6% tendo como base a tarifa cobrada pela empresa responsável pelo Transporte Urbano, o que afetava pouco nos holerites em geral; já o ex prefeito Joselyr Silvestre, por sua vez, resolveu alterar a cobrança, adotando o salário base como princípio, mas teve o cuidado de escalonar o desconto, ou seja, a alíquota variava conforme o montante de passes necessários para cada caso individual. Poio Novaes, no entanto, resolveu adotar o salário (e não a tarifa) como base para o desconto e impôs uma cobrança única para todas as faixas (6%), independente do montante de viagens solicitadas pelos servidores. “Não gostaria de pensar desta forma, mas não consigo ter outra visão: parece que a Prefeitura não se importa, nem um pouco, com o bem estar de seus funcionários. Tanto é assim que o Vale Transporte, após tantos meses de atraso, acabou se tornando um desconto pesado em nossos recebimentos”, disse Leonardo do Espírito Santo, presidente do sindicato da categoria.
Atualmente, a entidade classista está entrando com ações individuais, na Justiça, para que as perdas anotadas durante os meses de atraso sejam repassados aos trabalhadores. “Tentamos, em um primeiro momento, uma ação coletiva, que abrangesse todos os funcionários, mas a Justiça acha melhor que cada caso seja analisado individualmente. Apesar de um pouco mais demorado, o processo será, por sua vez, mais justo, visto que cada nuance específica será olhada atentamente pelo juiz encarregado do caso”, afirmou o presidente.
Insatisfeito, Leonardo também pontuou quanto às mudanças feitas pela atual gestão. “Começamos a ter a nítida impressão de que o Governo de Avaré tira dos pobres para dar aos ricos, apesar do compromisso firmado, durante a campanha política, de valorização dos servidores”, em referência a carta, distribuída no período eleitoral, na qual o então candidato Poio Novaes afirmava, de forma contundente, seu compromisso em nunca atrasar os pagamentos e repasses dos benefícios aos servidores. ”Ninguém comenta, por exemplo, que a Prefeitura de Avaré repassa
“A Prefeitura repassa, via holerite, R$2,55 aos funcionários, mas na catraca dos coletivos, o mesmo bilhete vale R$2,65. Desta forma, a atual gestão está tirando R$0,10 dos servidores a cada viagem feita”, destacou Leonardo, citando que o pagamento, atualmente, é feito em dinheiro e não em passes, como acontecia anteriormente. “Entraremos com medidas judiciais contra essa prática já nos próximos dias”, afirmou.
Todo servidor que se sentir lesado pode procurar o Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais de Avaré e Arandu – rua Rio de Janeiro, 1.854, Brás – para dar entrada em processo judicial de aquisição das perdas acumulados com a mudança percebida. Mais informações pelo telefone 3731-2475 durante horário comercial.