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A necessidade de usar cinto de segurança, inclusive no banco traseiro, já foi destacada em várias campanhas, mas ainda assim grande parte dos brasileiros dispensa esse hábito – mesmo em estradas, onde a velocidade costuma ser maior.
É o que indica uma pesquisa que, em junho deste ano, monitorou o comportamento de motoristas e passageiros na Régis Bittencourt, altura dos municípios de Registro e Juquiá (ambos em São Paulo). Técnicos da concessionária Arteris, administradora da rodovia, percorreram de carro uma rota predeterminada, observando os outros veículos. Notaram que em praticamente metade dos casos (48%) quem estava no assento de trás ignorou o equipamento.
Detentora de concessões também em outros países, a Abertis fez levantamento semelhante na Espanha, onde a regra é a mesma. Lá, a proporção de infratores é significativamente menor (21%). Nos dois países, os motoristas mostraram-se mais cautelosos que os passageiros: a utilização do acessório é quase unânime entre os espanhóis (só 0,2% não o fazem) e os brasileiros (1%).
“No banco dianteiro, temos um alto índice de uso menos por precaução do que por medo de levar multa”, comenta o gerente corporativo de operações da empresa, Elvis Granzotti. “Atrás, porém, é difícil fiscalizar, então o condutor, responsável pela segurança de todo o veículo, deixa de cobrar”, compara. “Importante lembrar que, além de o passageiro de trás correr o mesmo risco em acidentes, ainda pode ser lançado e ferir quem está à frente.”
O resultado é preocupante não só porque se trata de uma rodovia, mas porque parte dos motoristas trafega em velocidade superior à permitida. Equipamentos instalados pela Arteris para executar a pesquisa detectaram que 30% dos veículos leves andaram acima dos 110 km/h permitidos, enquanto 25% dos pesados ultrapassaram a barreira dos 90 km/h. As cifras, contudo, são menores que na Espanha (38%) e na França (41%), onde esse dado também foi coletado.
“Quando você aumenta a velocidade, cresce o risco e a gravidade dos acidentes”, observa Granzotti. “A sinalização é feita considerando esses limites e, se o motorista vai mais rápido, pode não ver adequadamente as placas”.
O estudo abordou ainda uso de setas (58% não sinalizam mudança de faixa), celular ao volante (1% dos casos, surpreendendo os técnicos) e a distância entre veículos (16% dos leves e 15% dos pesados andam a menos de dois segundos do carro à frente, o exigido por lei).
A empresa recorre a esses levantamentos para formular estratégias de segurança viária. Os trabalhos vão ajudar a formatar campanhas focadas na mudança de comportamentos perigosos nas estradas. A efetividade das ações será reavaliada em novas pesquisas. “O comportamento é a chave para zerar as mortes no trânsito: mais de 90% dos acidentes têm como causa a ação humana. Melhoramos as condições das rodovias, mas chega-se a um ponto em que apenas a conscientização é capaz de reduzir o número de acidentes”, diz Granzotti.
Fonte: Jornal A Bigorna.
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