Menino de 8 anos é retirado da casa dos padrinhos após denúncia de maus-tratos no interior de SP


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Jornal O Avaré 08/06/2022 07:10:00

Um menino de oito anos foi retirado da casa dos padrinhos depois que o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia de maus-tratos em Cerquilho, no interior de São Paulo.

De acordo com o órgão, agentes foram até a casa depois de receberem um áudio no qual é possível ouvir um homem gritando e ameaçando bater na criança.

Segundo as denúncias, o áudio foi gravado por vizinhos na noite de quinta-feira (2), enquanto o padrinho ensinava o menino a fazer as tarefas da escola.

O Conselho Tutelar informou que, apesar das ameaças, o menino não tinha ferimentos e negou ter sido agredido pelos familiares. Mesmo assim, devido ao conteúdo do áudio, ele foi levado para a casa do pai e dos avós paternos, que foram orientados a regularizar a guarda da criança.

Ainda conforme o Conselho Tutelar, o menino está sendo monitorado pelo órgão e pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). O Ministério Público foi comunicado sobre o caso.

Ao g1, a Promotoria de Justiça de Cerquilho afirmou que deve receber em breve as providências adotadas pelo Conselho Tutelar e que pode requisitar a instauração de inquérito policial para investigar as denúncias, caso o órgão ou a família do menino não registrem boletim de ocorrência.

O MP disse ainda que os adultos "poderão responder por crime de maus-tratos contra a criança, em razão das ameaças, ofensas e eventual agressão física, se for o caso".

Já a Polícia Civil de Cerquilho disse que ainda não foi comunicada sobre a denúncia.


O que diz o padrinho

O g1 também entrou em contato com o padrinho do menino, que afirmou que as frases ditas por ele no áudio foram tentativas de repreender a criança, que estava com problemas na escola.

Ele também esclareceu que não houve nenhuma agressão física e que, apesar do conteúdo do áudio, tem uma boa relação com o afilhado.

"No momento, achei certo fazer desse jeito, mas depois eu vi que não adianta ameaçar, nem gritar", relatou.

 

Fonte: G1.


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