A polícia investiga como uma menina de 4 anos conseguiu um pacote de veneno de ratos dentro de uma creche no bairro Vera Cruz, na quinta-feira (3), em Avaré (SP). Uma das suspeitas, de acordo com a mãe da criança, é que um homem fora da escola deu uma embalagem do raticida para a criança dizendo que era doce. A mesma versão foi dada à diretora da unidade, conta a coordenadora da escola, Celina Tegani Araujo Nasr.
Segundo a polícia, o consumo de veneno foi descoberto depois que uma professora viu a aluna com o pacote de veneno em mãos. Segundo a polícia, esse tipo de produto é comercializado legalmente. Porém, antes dessa informação a menina contou outras versões às professoras.
“Para mim ela deu três versões: uma que trouxe da casa, outra que achou no pé de uma árvore e outra que achou perto do banheiro feminino. Então não temos como saber de fato o que aconteceu, então fizemos o boletim de ocorrência para que a polícia faça averiguação”, explica Celina.
A menina e outros nove alunos da mesma sala que foram levados para atendimento médico no hospital. Metade foi liberada enquanto cinco crianças fizeram limpeza estomacal. O segundo grupo teve alta nesta sexta-feira (4). A Secretaria Municipal de Educação e os representantes da escolas abriram boletim de ocorrência. A Secretaria também entrou em contato com a mãe e todas as outras crianças, que foram chamadas para tentar identificar se elas tinham ingerido o veneno.
A polícia vai apurar como a criança conseguiu o veneno e determinar quem foram os responsáveis por isso. Nos próximos dias, os envolvidos no caso serão ouvidos. Nenhuma criança teve sintoma de intoxicação, nem passou mal, afirmou a Secretaria.
Problema parecido
Há três meses, 15 crianças de outra escola municipal também foram parar no hospital porque uma aluna levou chumbinho escondido dos pais. O produto é usado como veneno de rato, mas tem a venda proibida. O caso continua em investigação.
Segundo a diretora da escola, Nali Khairallah, uma aluna de 10 anos levou o veneno para a unidade escolar e ofereceu a colegas porque achava que era comida de peixe. Todos ficaram bem. Segundo o delegado Antônio Pimenta, os pais poderão responder à Justiça caso seja confirmada negligência ao deixar o conteúdo acessível. A loja que vendeu o produto também pode ser indiciada.