Informações apuradas pelo A Voz do Vale revelam que médicos, de várias especialidades, não estão recebendo em dia o pagamento da retaguarda em Avaré. Os profissionais de saúde estão há quase 90 dias sem receber.
Segundo informações, o pagamento referente ao mês de julho somente foi quitado na primeira quinzena de outubro. Os repasses referente a agosto e setembro ainda não foram efetuados, sendo que o pagamento de outubro deveria ser quitado até a segunda quinzena de novembro.
A Prefeitura tem que repassar R$ 500 mil mensais para o pagamento do plantão de retaguarda dos médicos. A dívida supera R$ 1 milhão.
Mesmo sem receber, os profissionais não falam em greve. Uma fonte ouvida pelo A Voz do Vale destaca que médicos vem cobrando a Prefeitura, porém não são atendidos. Um dos profissionais relata uma certa grosseria por parte do secretário de Administração, Ronaldo Guardiano ao falar do atraso nos repasses.
Informações dão conta que o município tem 45 médicos, de várias especialidades, que não estão recebendo em dia.
O A Voz do Vale encaminhou questionamentos ao secretário Ronaldo Guardiano sobre os atrasos, porém, como já vem ocorrendo há algum tempo, a Prefeitura não respondeu ao jornal até a publicação da matéria.
RETAGUARDA – O plantão de retaguarda (que, tecnicamente, se chama disponibilidade de sobreaviso) cuja existência é regulada pela resolução 1834/2008 do Conselho Federal de Medicina (CFM) tem suas particularidades. Assim como ela, o funcionamento das unidades de Pronto Socorro no Brasil inteiro também tem seu funcionamento regulado por uma Resolução do CFM, a de número 1.451/1995.
Ambas definem claramente como deve ser prestado esse serviço ao cidadão. A Resolução que regula o funcionamento dos Pronto Socorros no Brasil exige a presença de 5 tipos de profissionais médicos de plantão no local. Ou seja, no prédio onde funciona o Pronto Socorro. São eles: Anestesiologia, Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral e Ortopedia.
Matéria por Jornal A Estância.