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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o tabaco é a principal causa de morte evitável no mundo: aproximadamente 10 mil pessoas morrem todos os dias de doenças relacionadas ao tabagismo. Estima-se que um terço da população - mais de 1 bilhão e 200 milhões de pessoas - são fumantes e deste total 650 milhões devem morrer prematuramente.
Os números são alarmantes e não atingem somente os fumantes ativos. Ainda segundo o relatório da OMS, as pessoas que não fumam, mas tem contato com a fumaça do cigarro constantemente correm um risco 23% maior de desenvolver doenças cardiovasculares, 30% mais chances de adquirir câncer de pulmão e 24% de sofrer um infarto do miocárdio. Além disso, essas pessoas têm uma maior propensão à asma e a redução da capacidade respiratória.
O documento da OMS mostra que o cigarro contém mais de 4mil e 500 complexos químicos, entre eles o monóxido de carbono, o mesmo que sai do escapamento dos veículos automotores. Todas essas substancias não fazem mal apenas para nós humanos, animais de estimação também sofrem com doenças causadas pelo cigarro.
Males do cigarro para os pets
De acordo com veterinário de Jundiaí (SP) Getúlio Makowski Prado, os pets que têm contato com o tabaco se tornam fumantes passivos, o que pode causar coceiras, lesões na pele e nas córneas, entre outras doenças.
“As doenças mais comuns são: processos alérgicos como rinite, traqueíte e bronquite. Além de cardiopatia secundária – lesão no miocárdio - e possibilidade de desenvolverem tumores malignos como o carcinoma e linfoma”, alerta o veterinário.
Os sintomas mais frequentes nos animais são espirros ou tosse, mas Getúlio ressalta que nem todas as enfermidades manifestam sintomas, por isso é importante que seja realizado um check-up anual nos pets adultos ou semestral no caso de idosos com mais de 8 anos. “Dentre os exames normalmente estão o de glicemia, hemograma, perfil renal e hepático, radiografia do tórax, ultrassom abdominal e ecocardiograma”, orienta Prado.
Após o diagnóstico correto da doença os donos devem tomar alguns cuidados para que o tratamento tenha sucesso. “A primeira coisa a se fazer é eliminar a causa base, ou seja, a fumaça tóxica e iniciar o tratamento proposto pelo médico veterinário, que vai depender do sistema afetado e dos sintomas que o animal apresentar na consulta”, explica o veterinário.
O diagnóstico precoce é a melhor forma para que se obtenha bons resultados no tratamento, mas para Getúlio o melhor mesmo é a prevenção. “A melhor medida a ser tomada seria o abandono do cigarro por parte do tutor, promovendo em conjunto saúde e bem estar para ambos. Entretanto, enquanto isto não acontece, seria possível manter o animal longe da fumaça, fumar em locais abertos e arejados, instalar purificadores de ar, trocar de roupa e lavar as mãos após o fumo”, esclarece.
Fonte: G1
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