Moradores de Angatuba (SP) reclamam do forte cheiro que vem de um galpão localizado no Jardim Primavera. Eles pedem que alguma atitude seja tomada, pois até mesmo as refeições estão comprometidas.
Segundo eles, a situação persiste há pelo menos um ano e o odor vem do depósito de uma empresa que faz a secagem e moagem de grãos para produzir ração animal.
As duas filhas da dona de casa Daiana Cristina Vitoriano, já foram parar no hospital de Angatuba e tiveram que ser medicadas. O motivo seria o cheiro que vem do galpão que fica na rua ao lado e faz fundos com a casa da família.
“As meninas foram levadas ao hospital e tiveram que tomar soro por causa do mau cheiro. Nós, que somos adultos, já sofremos, imagina as crianças que ficaram intoxicadas”, afirma Daiana.
A dona de casa Jurema de Fátima da Silva, tem uma filha pequena e conta que a menina e os outros filhos também não passaram bem. “Eles tiveram náuseas por causa do cheiro ruim.”
Morador do bairro há oito anos, o aposentado Benedito Delfino imaginava que o cheiro viesse do banheiro da residência, mas percebeu que na verdade, era do galpão. “Não é todo dia que o cheiro vem, mas quando aparece, é insuportável.”
No mês de novembro do ano passado, a TV TEM teve acesso ao galpão da empresa, onde os grãos são triturados para fazer ração animal. Na época, o setor de fiscalização da Prefeitura de Itapetininga informou que o dono possuía alvará de funcionamento.
Já a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) esclareceu que o local tem licença de operação com validade até o ano que vem. Mas, para quem mora perto da empresa, é difícil conviver com a situação, principalmente na hora das refeições.
“Ninguém consegue comer direito em casa. Na hora do almoço, não conseguimos almoçar e nem as crianças conseguem se alimentar para ir à escola. Todos os dias é a mesma situação”, descreve Daiana Vitoriano.