O prazo dado pela Prefeitura de Avaré (SP) para a limpeza do lago Berta Bannwart, no Bairro Brabância, não foi cumprido. O Executivo afirmou que até o fim de abril a primeira fase da despoluição seria concluída, mas a máquina que faz a retirada das plantas aquáticas passa a maior parte do tempo parada, segundo moradores.
A prefeitura afirmou que o prazo foi prorrogado para até o fim de maio por causa dos dias de chuva, feriados e pela semana que a máquina ficou sem operar porque estava quebrada por um problema na parte mecânica. O Executivo informou que nesta quarta-feira (29) equipes já voltaram a operar..
O lago não está mais completamente coberto por algas, mas ainda há muita vegetação na superfície. O local continua interditado porque a água está contaminada, portanto, nadar ou pescar – prática comum anteriormente –, está proibido.
Relembre o caso
Em janeiro de 2014, a G1 mostrou que um vazamento de esgoto na estação elevatória da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que fica ao lado do lago, causou a mortandade de vários peixes.Na ocasião, moradores reclamaram do mau cheiro e protestaram pendurando os animais mortos em postes de iluminação.
Em seguida, a prefeitura interditou o local. Meses depois, foi flagrado novo vazamento de dejetos na água. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente notificou a Sabesp, empresa responsável pelo serviço de água e esgoto, além de acionar a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). A Sabesp foi multada em mais de R$ 300 mil nos dois casos.
Em janeiro deste ano a bióloga Ligia Corazza esteve no lago e fez uma análise da situação. Segundo ela, o esgoto lançado na água serviu de alimento para as algas e indicou a solução. “A solução seria a remoção do aguapé para permitir a maior entrada de luz e fazer com que a água circule. A própria natureza vai limpar”, explicou.