O prédio do prédio do Instituto Biossistêmico (IBS), empresa que prestava serviço ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), foi ocupado por manifestantes sem terra nesta quarta-feira (21). O grupo ligado à Força Nacional de Luta (FNL) quer chamar a atenção das autoridades para a discussão sobre a reforma agrária.
De acordo com os manifestantes, aproximadamente 30 pessoas estão no prédio. Eles alegam que a ação faz parte da mobilização que ocorre em todo o país chamada de 'janeiro quente'. Segundo eles, as ocupações devem ser mantidas até que o Incra dê uma resposta às reivindicações do grupo.
Na região, a FNL pede a liberação de uma fazenda em Cabrália Paulista (SP), próximo a Bauru(SP), para assentamento das famílias. De acordo com nota enviada pela FNL, integrantes ocuparam também usinas falidas em vários pontos do Brasil.
Por meio de nota, o Incra informou que vem atuando em diversas frentes no estado para garantir a democratização do acesso à terra. Os trabalhos para a desapropriação de imóveis particulares que não cumprem função social levaram à obtenção de 12 imóveis em 2014, com o assentamento de quase 1 mil famílias no estado.
Sobre a destinação de usinas para a reforma agrária, ou seja, imóveis rurais penhorados em ações judiciais, o Incra esclarece que tem feito consultas à Procuradoria da Fazenda Nacional para identificar áreas passíveis de arrecadação.
O instituto reafirmou ainda que vem cumprindo as atribuições e que mantém diálogo com todos os movimentos de luta pela terra, e que as manifestações na sede do Incra e nos escritórios de entidades contratadas para a assistência técnica, caso do IBS, prejudicam os trabalhos sob responsabilidade da autarquia e, principalmente, o atendimento às famílias assentadas.