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A funcionária suspeita de trancar no banheiro de uma creche uma bebê de 1 ano e 7 meses que não queria dormir confessou ter deixado a criança no local, segundo a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). O caso ocorreu em 27 de abril, na Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Benedicta Barros, na Vila Piedade, em Itapetininga (SP). A mulher é investigada por maus-tratos e, caso condenada, pode pegar até dois anos de prisão. A prefeitura afastou a funcionária durante as investigações. (Veja abaixo a posição do Executivo).
A delegacia informou nesta segunda-feira (8) que a funcionária confirmou ter deixado a menina no banheiro da creche, mas alegou que o fez porque a criança estava agitada e com medo do escuro na sala da soneca, onde as outras crianças estavam. Em depoimento, a funcionária afirmou que o berço da menina ficava próximo à porta do banheiro e, por esse motivo, ela levou a criança em uma cadeirinha no local para se acalmar, pois havia claridade. Ela também defendeu-se dizendo que não trancou a criança, deixando-a sozinha, mas sim ficando com a bebê. Disse também que a ação não durou mais de três minutos.
Outra funcionária da creche foi ouvida pela delegacia. Segundo a colega de trabalho, ela não viu a criança ser colocada no banheiro, pois saiu da sala para entregar outro aluno aos pais. Mas, ao retornar à sala de soneca, viu a menina assustada no banheiro.
Ainda de acordo com a funcionária, em seguida ela repreendeu a suspeita por ter deixado a bebê no local e levou a menina de volta com as demais crianças. A testemunha não afirmou se encontrou a suspeita junto com a criança no banheiro. A colega de trabalho da suspeita foi quem contou à mãe da criança o que aconteceu.
A delegacia informa que todos as testemunhas já foram ouvidas e que o processo foi concluído e enviado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) com a acusação de maus-tratos.
"Não queria dormir na hora da soneca"
De acordo com a delegada Leila Tardelli, os pais estranharam o comportamento da filha e foram buscar na creche alguma informação que pudesse ajudar.
“Eles desconfiaram da atitude estranha que a menina estava demonstrando nos últimos dias e, ao questionar uma das funcionárias da creche, ela contou ao pai que a mulher, que também trabalha na escola, havia trancado a menina no banheiro, pois ela não queria dormir na hora da soneca. Se o crime for comprovado, a criança receberá tratamento psicológico", esclarece a delegada.
Em nota, a prefeitura informou que foi aberto um processo administrativo para apurar os fatos e que a funcionária ficará afastada preventivamente das atividades. Ainda segundo o Executivo, a creche não tem monitoramento por câmeras.
Fonte: G1.
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