Fazenda de Abdelmassih em Avaré era monitorada pela polícia e Gaeco


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Jornal O Avaré 21/08/2014 10:52:25

Condenado a 278 anos por estupros foi preso na terça no Paraguai.
Ex-médico cumprirá pena no presídio de Tremembé, no interior do estado.

 

 

Uma fazenda em Avaré (SP) que já pertenceu ao ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a mais de 270 anos de reclusão por vários crimes, entre eles abuso sexual, era monitorada pela Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Bauru (SP). A propriedade foi alvo de investigações do Ministério Público do estado de São Paulo, em maio deste ano. Cercada de muito verde, a casa mantém um alto padrão e muito conforto, exigências do ex-médico.

 

Durante as investigações no local foram recolhidos documentos que podem ter ajudado a polícia a capturar o ex-médico. Abdelmassih, de 70 anos, estava foragido havia três anos e foi preso na noite de terça-feira (19) em Assunção, capital do Paraguai. Ele foi preso por agentes ligados à Secretaria Nacional Antidrogas do governo paraguaio com apoio da Polícia Federal brasileira. O ex-médico chegou às 18h40 desta quarta-feira (20) na penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo. É a segunda vez que ele vai para esse presídio, onde chegou a ficar preso por quatro meses em 2009.

 

Em 2009, ele tinha um patrimônio avaliado em R$ 78 milhões e chegou a ter 17 fazendas no estado de São Paulo. Abdelmassih era produtor de laranja na região. Ele chegou a ser homenageado, em 2004, pela Câmara de Vereadores como "Cidadão Avareense", por ser um empresário de destaque na época e responsável pela geração de muitos empregos.

 

Porém, com o envolvimento em escândalos, a condenação de 278 anos pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor e a fuga da justiça, os vereadores da cidade cassaram o título em 2011. “Nós achávamos que não tinha mais sentido homenagear uma pessoa que estava sendo perseguida pela polícia e foragida da Justiça”, explica o vereador Ernesto Albuquerque.

 

A propriedade atualmente está arrendada por uma empresa produtora de laranja. Em nota, a empresa afirmou que não tem nenhuma ligação com Abdelmassih.

 

Entenda o caso


Condenado em 2010 a 278 anos de prisão por 48 ataques a 37 mulheres entre 1995 e 2008, Roger Abdelmassih, de 70 anos, foi preso na terça (19) no Paraguai, por agentes ligados à Secretaria Nacional Antidrogas do governo paraguaio com apoio da Polícia Federal brasileira.

 

As primeiras denúncias de pacientes foram feitas no início de 2008. Policiais civis e promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) começaram a investigação. Com a divulgação das denúncias, outras supostas vítimas entraram em contato com o Ministério Público e a polícia para relatar abusos.

 

A denúncia do Ministério Público à Justiça apontou que Roger Abdelmassih tinha estuprado 39 pacientes. O médico mantinha clínica na Avenida Brasil, na região dos Jardins, área nobre da cidade de São Paulo. Ao todo, as vítimas acusaram o médico de ter cometido 56 estupros.

 

O ex-médico sempre alegou inocência. Chegou a dizer que só ‘beijava’ o rosto das pacientes e vinha sendo atacado por um "movimento de ressentimentos vingativos". Mas, em geral, as mulheres o acusaram de tentar beijá-las na boca ou acariciá-las quando estavam sozinhas - sem o marido ou a enfermeira presente.

 

Algumas disseram ter sido molestadas após a sedação. De acordo com a acusação, parte dos 8 mil bebês concebidos na clínica de fertilização também não seriam filhos biológicos de quem fez o tratamento.


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