Os Estados Unidos da América (EUA) são os destinos mais procurados por brasileiros para viagens de intercâmbio, segundo pesquisa da Belta (em Inglês: Brazilian Educational & Language Travel Association). A adolescente de Itapetininga (SP) Letícia Jordão Marques é uma das intercambistas que moram no país. Ela faz bacharelado em química pela Universidade da Carolina do Norte e contou à TV TEM um pouco sobre a viagem nos EUA:
“A experiência está sendo maravilhosa, no começo tive a oportunidade de estudar só o inglês e aprimorar a língua, mas agora estou tendo matérias do meu curso e antes de voltar ao Brasil vou fazer um estágio aqui nos Estados Unidos. É um ganho pessoal e profissional muito grande e estou gostando bastante”, afirma.
Ainda segundo a pesquisa realizada pela Belta, nos últimos 10 anos o crescimento da procura por intercâmbio foi de 600%. Em 2003, 34 mil brasileiros realizaram cursos no exterior, enquanto que em 2013 foram 202 mil intercambistas. Já em 2014, aproximadamente 240 mil estudantes fizeram cursos fora do país.
Além dos EUA, o Reino Unido, a Irlanda, a Austrália e o Canadá são os destinos mais procurados. O publicitário Alexandre Augusto Ferreira, por exemplo, voltou há meses de Dublin, na Irlanda. Ficou um ano no país para fazer um curso de Inglês. Trouxe na bagagem mais do que boas lembranças, e sim um atrativo no currículo. “Hoje em dia o Inglês é primordial se há o objetivo de crescer profissionalmente, até mesmo pessoalmente, já que é uma língua mundial. Com o Inglês o mundo acaba ficando menor”, ressalta.
Em uma agência de viagens de Itapetininga a procura também é cada vez maior. O que era um sonho impossível pra muita gente, se tornou acessível com as facilidades de pagamento, por exemplo, como aponta o gestor da agência Guilherme Hungria Nalesso. “A possibilidade de parcelamento e a nossa economia dos dez últimos anos está estável, então a pessoa consegue investir. Hoje há oportunidade para as classes mais baixas”, comenta.
Mas quem tem o desejo de passar por essa experiência precisa ter planejamento, principalmente pra quem não tem bolsa de estudo, como as do programa federal Ciências Sem Fronteira. De acordo com as agências, um intercâmbio de seis meses, sai em torno de R$ 25 mil.
Passar somente um mês no exterior pode custar R$ 6 mil, explica a supervisora de agência de viagens Janaína Takagui. “Ás vezes o filho está entrando no Ensino Médio e a família começa a fazer uma programação para que o adolescente vá ao exterior. Dá para fazer um financiamento bancário, um planejamento tranquilo e que não vai pesar no bolso.”