Estiagem faz estrada submersa há 58 anos reaparecer em represa de Avaré

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Jornal O Avaré 15/12/2020 07:30:00

A seca fez aparecer uma estrada submersa há 58 anos na represa de Jurumirim, em Avaré (SP). A via estava encoberta pela água desde 1962, ano da construção do reservatório.

 

Devido à falta de chuva, a represa tem operado com apenas 12,96% da capacidade desde sexta-feira (11). Essa é a pior situação da história do reservatório para o mês de dezembro.

 

No mesmo período de 2019, a represa de Jurumirim estava com 41% da capacidade. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determinou que a empresa, dona da concessão da hidrelétrica, diminua a vazão para a geração de energia em 30%.

 

A ONS diz que o mês de outubro teve a pior estiagem dos últimos 90 anos e que, até terça-feira (8), nas regiões sudeste e centro-oeste, choveu 37% da média histórica para dezembro.

 

Segundo Marcio Peres, diretor de Geração CTG Brasil, é preciso torcer bastante para que as chuvas realmente iniciem.

 

“Estamos já em dezembro, o período chuvoso iniciou em novembro e vai até abril, e vindo as chuvas com certeza nós vamos voltar a ter uma boa recuperação dos reservatórios, como ocorreu em 2016. Todos os reservatórios encheram e teve até excesso de água, muita chuva”, conta.

 

A falta de chuva também tem causado prejuízo no setor de turismo em Avaré. Um hotel de grande porte fechou as portas na cidade.

 

Contudo, a estiagem não tem afetado apenas a região. Desde outubro, todas as termoelétricas do Brasil estão em funcionamento. Essas usinas movidas a gás natural, carvão ou óleo são acionadas somente quando as hidrelétricas não dão conta da demanda.

 

 

Usina Hidrelétrica Jurumirim

 

 

A Usina Hidrelétrica Jurumirim começou a operar em 1962, perto dos municípios de Piraju e Cerqueira César (SP), para regularização do Rio Paranapanema e abastecimento de energia para a região do médio Paranapanema.

 

Com potência instalada de 100 MW, este aproveitamento hidrelétrico possui um reservatório com capacidade para acumular cerca de 7,2 trilhões de litros de água, além de abranger uma área inundada de 449 quilômetros quadrados. A empresa CTG Brasil opera a usina e sua concessão vai até 2029.

 

 

Fonte: G1.

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