O conhecido empresário de Botucatu, João Mathias, de 58 anos de idade, foi o autor de um duplo assassinato passional triplamente qualificado, no Bairro Guarantã, onde estava sendo realizado a festa anual, em frente a igreja matriz, tendo como vítima o casal Sueli Pereira, de 38 anos e Ademir Matias, de 29. Vale lembrar que João Mathias já esteve preso acusado de crime de descaminho (contrabando).
De acordo com testemunhas que presenciaram o crime, João Mathias chegou ao local da festa e visualizou Sueli dançando com Ademir. Ele sacou de um revólver calibre 38 e disparou um tiro contra a cabeça do desafeto que caiu de bruços. A mulher tentou fugir e Mathias disparou três tiros contra ela, sendo que dois acertaram as costas e o pescoço e um terceiro atingiu o pára-brisa de um carro estacionado.
Na sequência Mathias voltou-se para o homem caído e disparou o segundo tiro contra sua cabeça à queima-roupa. Depois saiu correndo e fugiu em seu carro, um Monza de cor verde. Algumas pessoas que estavam na festa ainda tentaram interceptar a fuga atirando pedras no veículo que teve o vidro lateral estilhaçado. A mulher ainda foi socorrida com vida por uma enfermeira que estava na festa, mas morreu ao dar entrada no Hospital das Clínicas, da Unesp, de Rubião Júnior.
Mathias retornou à Botucatu e o sair da SP-300 Rodovia Marechal Rondon e adentrar pela Domingos Sartori, deu de cara com as motocicletas da equipe Gepom da Guarda Municipal, além de uma viatura da Policia Militar e a perseguição aconteceu por várias ruas da cidade e só terminou no início da Rua João Morato da Conceição, na Vila Maria, quando ele bateu o carro contra um estabelecimento comercial.
Estiveram nessa operação para prender o empresário as forças de segurança da cidade com a equipe Bravo da Polícia Militar (PM), Polícia Civil e a Guarda Civil Municipal com as equipes do Grupo de Ações Preventivas Especiais (Gape) e Grupo Especial de Patrulhamento Ostensivo com Motocicletas (Gepom), além do Grupamento de Patrulhamento Ambiental (GPA) e viaturas do patrulhamento.
Ao chegar no Plantão Permanente, depois de ser medicado dos ferimentos no rosto causados pelo acidente, Mathias revelou que namorava Sueli há 12 anos e teria descoberto que ela o traia há dois anos. “Perdi a cabeça quando fiquei sabendo (da traição). Dei tudo pra ela e eu não merecia isso”. Também revelou aos policiais que o capturaram que não aguentaria ser preso novamente e só não tirou a própria vida porque as balas do revólver falharam.
Depois de prestar depoimento ao delegado Geraldo Franco Pires, o empresário foi recolhido à Cadeia Pública de Itatinga e deverá ser escoltado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cerqueira Cesar onde irá aguardar a decisão da Justiça. Futuramente, será julgado por um júri popular no Fórum de Botucatu.
Do correspondente de Botucatu
para o Jornal O Avaré.