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Visão embaçada, olhar perdido e quedas constantes de animais de estimação podem ser sinais de problemas que não são exclusividade de humanos: as doenças oculares.
Glaucoma, catarata, miopia, infecções e até estrabismo estão entre as doenças que atingem milhões de bichinhos e, de acordo com Rodrigo Chapchap, especialista em oftalmologia veterinária, são mais comuns do que se imagina.
Um desses problemas atingiu a cadelinha Amora, que, apesar de ter 3 anos e ser considerada jovem, teve a doença diagnosticada em 2017. O animal é descendente de um cruzamento da raça Border Coolie com Labrador e sofre com uma inflamação da córnea chamada Pannus.
Desde que o problema foi descoberto, o dono da cachorrinha, Ivan Gonçalves, precisa aplicar um colírio nos olhos todos os dias para que ela continue enxergando. O medicamento só é vendido em farmácias especializadas.
"Desconfiamos quando os olhos dela começaram a ficar esbranquiçados. Ela não estava enxergando, a ponto de cair da escada e até dentro da piscina", lembra Ivan.
A doença de Amora pode levar à perda parcial da visão ou, até mesmo, à cegueira. A cadelinha já chegou a quebrar dois dentes em uma das quedas.
O veterinário afirma que a Pannus pode se manifestar em qualquer raça. "É como se houvesse uma cortina na córnea do cão que o impossibilita de enxergar", explica. Ele contou ao G1 que a doença pode ser influenciada por excessiva exposição ao sol ou até pela altitude da cidade em que o cão vive.
A família de Amora precisou levá-la a um veterinário, mas não foi logo na primeira visita que a infecção foi detectada. Por isso, o momento de enxergar tudo "limpo" novamente precisou ser adiado. "Não estávamos observando progresso, então decidimos procurar outra opinião até dar certo", conta Ivan.
Rodrigo afirma que nem todos os problemas são detectados logo na primeira consulta. "Como os cachorros não falam ou não dão sinais, é um pouco mais complicado. Muitas doenças são silenciosas, por isso é necessário que o dono fique atento aos sinais."
Alguns dos sinais que o veterinário citou são secreção ocular, vermelhidão nos olhos, excesso de coceira e colisões em móveis, como o caso da Amora.
Alguns meses após o tratamento, Ivan afirma que atualmente a cachorrinha está bem e leva uma vida normal para a sua idade. "Ela é muito graciosa, brincalhona e adora receber carinho", conta.
Fonte: G1.
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