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Apesar de ser uma doença bem estudada, ainda hoje o diabetes, só nos EUA, atinge mais de um milhão de pessoas. Isso sem contar aquelas pessoas que ainda permanecem sem diagnóstico. O diabetes ou diabetes melito é uma desordem comum do metabolismo de carboidratos, podendo ser proveniente de muitos fatores, dentre eles, a redução na produção de insulina, levando ao aumentado dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, afetando diversos órgãos do organismo.
O diabetes é dividido em:
- Diabetes do Tipo I: manifesta ainda na infância ou adolescência. As pessoas acometidas por esse tipo, apresentam uma deficiência acentuada ou absoluta na quantidade de insulina e a glicose vai permanecer na corrente sanguínea caso não haja a aplicação da insulina. Esse tipo de diabetes não pode ser evitado. Tem caráter autoimune. Corresponde a aproximadamente 10 % dos casos, o diabetes do Tipo I traz como consequência a perda de peso (mesmo com o paciente se alimentando de forma regular), aumento da sede, da ingestão de água, sensação de boca seca, desanimo aparente e cansaço.
- Diabetes do Tipo II: acometem adultos na faixa dos 40 anos, pessoas obesas e sedentárias. Essas pessoas apresentam certa "resistência" a insulina. Esse tipo pode ser evitado. O diabetes do Tipo II pode passar de forma assintomática ou mais sutil.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) e a ABESO (Associação Brasileira de Estudos Sobre a Obesidade), em 2025 teremos cerca de 2,3 milhões de adultos com sobrepeso, 700 milhões de obesos e 75 milhões de crianças com sobrepeso ou obesidade. É de se pensar: onde estamos errando? Entender que praticamente tudo que se refere à saúde recai sobre os nossos hábitos de vida já é um grande avanço.
Por exemplo:
- Se fizermos intervenções no nosso estilo de vida, podemos prevenir e tratar o diabetes do tipo II.
- Reduzindo de 3 a 4 quilos de peso corporal, podemos reduzir a incidência do diabetes em quase 60%.
Isso já seria ótimo, não é mesmo? Se você participa das redes sociais, busque as hashtags #lifestyle #healthylifestyle #estilodevida #estilodevidasaudavel e veja quanta gente já é adepta a uma vida mais saudável. Porém, infelizmente essa quantidade ainda é uma minoria das pessoas que praticam atividades físicas de forma rotineira (apenas 5%) e se dispõem a uma alimentação equilibrada. Os modismos alimentares, a mastigação inadequada e, consequente, a ingestão de maiores quantidades de alimentos fazem parte da vida da maioria dos brasileiros que se dedicam e priorizam a cuidar de outros assuntos que não seja a sua própria saúde.
O diabetes descompensado pode levar a cegueira, amputação de membros, neuropatia, vasculite periférica, doenças periodontais (gengiva e estruturas que sustentam os dentes), hipossalivação, xerostomia (boca seca), bacteremia (infecção generalizada), infecções bucais (candidíase), dificuldade na cicatrização, Síndrome da Ardência Bucal (boca ardente), maior tendência às doenças renais, mau hálito e vários outros sinais e sintomas decorrentes da doença. O acompanhamento odontológico, médico e nutricional se faz necessário para se estabilizar a doença.
Desde que o paciente diabético entenda o quão importante é a sua doença e se comprometa com o tratamento, as chances de sucesso são imensas, até mesmo em crianças bem pequenas. Precisamos ter mais atenção com a nossa dieta alimentar, evitando os produtos alimentícios, ultraprocessados, ricos em químicas e contaminantes sintéticos, que se acumulam no nosso organismo trazendo doenças como resultados.
Faça o que for possível para adequar a sua rotina a hábitos saudáveis. E lembre-se que as recaídas não são o fim, elas são o começo. Se você quer mudança, você tem que mudar!
Fonte: Jornal Diário da Terra.
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