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Déjà Vu Tupiniquim Ed. 10.6


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Jornal O Avaré 10/06/2015 11:18:06

 

 

Déjà Vu (Já Visto)                                 ed. 10/06/2015    

por: Carlos “Cam” Dantas

 

e-mail: colunistacarloscam@gmail.com            

Secretariado de Joselyr também não era nenhuma “Brastemp”

 

Dias atrás a monitora escolar Maria, até pouco tempo lotada no Balneário Costa Azul, hoje na escola do bairro “Três Coqueiros”, comemorou data nova na lanchonete da Cleonice, antigo Bar e Mercearia Schmidt, no loteamento Ponta dos Cambarás. Para a festança gastronômica a aniversariante convidou, especialmente, só aqueles “mais chegados”, integrantes do rol de amigos seletos, particularmente o ex-prefeito Joselyr Silvestre e família. E com ele no pedaço, após “umas e outras”, fatalmente o papo descambou para a área política. Como em qualquer reunião com o ex-prefeito avareense presente, a comparação das suas duas administrações anteriores com a atual, de Poio Novaes, torna-se assunto inevitável. Só que desta feita havia um “barquetista de carteirinha” no local e o caldo “quase” esquentou de vez quando o “dito cujo” justificou que “o governo Joselyr não foi tanto assim, também uma Brastemp”, lembrando um editorial que o então governante divulgou no fim de ano, em 2007, criticando seus assessores diretos, que aqui serve de mote para o “DÉJÀ VU TUPINIQUIM”. Defendia esta pessoa, deixando transparecer tratar-se de um ex-integrante do governo de Rogélio Barcheti, que as nomeações dos ocupantes da função de confiança do alcaide deveriam ocorrer por escolhas mais racionais, envolvendo profissionais dos mais diversos setores dotados de bom preparo e aptidão técnica e não para atender ao pedido deste ou daquele aliado, promovendo o loteamento partidário para governar com a maioria. O noticiário cotidiano está repleto de exemplos de falhas no planejamento e execução de obras públicas – e isso de modo geral, pelo Brasil afora – que trazem o despreparo e incompetência de seus gestores. Outras condições que, em qualquer tempo e lugar, são indispensáveis no perfil de administradores municipais; honestidade de principio e zelo no trato da coisa publica, parece, já algum tempo, ter sido relegada a segundo plano. Talvez, daí, a proposta enviada à Câmara Municipal de Avaré para que aqueles indicados aos cargos de confiança sejam sabatinados pelo Legislativo, sugestão que ganha corpo dia a dia. Por outro lado, quando o Partido Político não recebe (ou deixa de receber) o tratamento (Huumm!!) que reivindica (e diz merecer) do centro do poder, os atritos surgem de forma inevitável, com todas as forças. A opinião do colunista José Carlos Santos Peres na edição do A VOZ DO VALE de 03/08/2013 com o título: PARA O PV, POIO FAZ GOVERNO “TO NEM AÍ”, diz muito deste conceito. Relata o articulista que “o Partido Verde tem emprestado apoio ao governo Poio, com seus dois vereadores: Marcelo Ortega e Laid`s Baiano. Mas não se sente confortável nesse papel, porque não encontra – como deixou transparecer em nota distribuída à imprensa – a devida correspondência. A opção do Governo” por burocratizar ao extremo suas competências torna necessária uma compensação política, como forma de equilíbrio na gestão da coisa pública”, diz a nota. O PV não se vê representado no governo. Correspondência que talvez nem fosse a de contemplar o partido com cargos no primeiro escalão (embora fosse legítima tal reivindicação, pela ótica do “quem ajuda eleger, ajuda governar”), mas a de atender as reivindicações que o PV apresenta, muitas delas – como Laid`s já disse numa determinada sessão da Câmara – de fácil resolução: uma rua que pede socorro, a troca de uma lâmpada, o lixo que não está sendo recolhido etc. Se não atende nem pedido para “passar vassourão numa rua”, o que dizer de planos de ações de seus secretários que se façam em acordo aos objetivos maiores do PV? (...)

A nota do Partido Verde é sintomática. Ela não sinaliza para um rompimento com o governo, mas deixa claro que o apoia com restrição, que não aceita fazer o papel de “vaquinha de presépio”. Pode até dar as tetas, porque as necessidades políticas se impõem, mas vai chutar o balde como acaba de fazer. Aliás, um chute bem dado, sem ofensas pessoais, sem denegrir a imagem do governo, mas alertando-o, por entender que a gestão está sendo conduzida por “um grupo fechado, trabalhando com a frieza das planilhas em uma bolha invisível que não permite aproximação de idéias e pensamentos!” Poio, pense nisso! E, por minha conta, acrescentaria: “tome tento, senhor prefeito”.

 

DÉJÀ VU TUPINIQUIM

Assim posto, vamos ao nosso DÉJÀ VU trazendo a observação do admirador da gestão Barcheti que ainda lembrou-se do fato de o ex-prefeito Joselyr ter criticado abertamente alguns de seus ineficientes auxiliares diretos, tentando assim, mesmo que por tabela, penso cá com meus botões, também isentar o atual Prefeito Poio Novaes das críticas que recebe em face de ridículas nomeações. Abaixo transcrevemos o Editorial de Fim de Ano publicado por Joselyr no Semanário Oficial do Município nº 340, ação que, para alguns juristas, o fez praticar Ato de Improbidade Administrativa por desvirtuar a finalidade do tabloide municipal, atacando servidores e ocupantes de cargos de confiança. Começa assim: “Fatos desagradáveis, a mim como administrador, praticados por pessoal com cargo de confiança, aconteceram no final de 2007. Vejamos: Loteamento sem roçar: Green Village, Jardim Botânico, Vila Jardim e outros; Praças com mato e grama altos, braquiárias: Praça Santa Edwirges, Praça Niceas de Rezende (Jardim Botânico), Praça Afif Cury (Green Village), Praça Duílio Gambini (Avaré I), Avenida Espanha, Avenida Itália, Avenida Paranapanema, e outros; Vasos do calçadão sem flores e sem terra; Largo São João sem gramas, só terra em diversos canteiros; Luzes da cidade, muito queimadas; O pior foi na Queima de Fogos na Praça do Cristo, a luz da cascata estava apagada. Mas também para quem não sabe montar Árvore de Natal e Fim de Ano na Praça das Bandeiras...; Semáforo queimado há mais de dez dias na Rua São Paulo com a Rua Rio Grande do Norte;

Isto sem levar em consideração as Comunicações Internas (CIs) que passo às pessoas e não tomam providências, isto é, não trabalham. CIs das praças, sem falar na fonte suja; ninguém faz nada. Não adianta ficar todas as manhãs na Garagem, dentro da sala, e depois não fazer nada. Minha vida pública é diariamente cobrar, Secretários, Assessores e outros, sendo que eles que deveriam me perguntar se tem alguma coisa a fazer. Carros, celulares, combustíveis, equipamentos, máquinas, nada adianta. Trabalhamos o ano inteiro para chegar no final, onde recebemos maiores números de famílias visitantes e clientes do comércio em geral, tendo que passar por essa vergonha. Temos muitas pessoas dando ordens e serviço mesmo!!! São os chamados Cargos de Confiança. Avaré, 01 de janeiro de 2008 (Joselyr Benedito Silvestre)”.

A titulo de observação vale destacar que os secretários municipais nomeados pelo prefeito nesta época eram: Clóvis de Oliveira (Fazenda), Mirthes Yara de Freitas Vieira (Meio Ambiente), Eunice Aparecida da Costa Silvestre (Bem Estar Social), Rosita Maria Correa Silvestre de Barros (Educação), José dos Santos Callado Neto (Esporte), João Fidelis (Agricultura e Abastecimento), Carlos Eduardo Teixeira (Administração), Alexandre L. Nigro (Habitação), Fátima dos Santos Zanella (Turismo), Paulo Décio de Souza (Planejamento e Obras), Roslindo Wilson Machado (Saúde), Pedro Luiz de Souza (Transportes e Sistema Viário), Marcelo José Ortega (Cultura e Lazer). 


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