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Déjà Vu Ed. 7.02


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Jornal O Avaré 13/02/2015 10:37:41

Déjà Vu (Já Visto)                                 ed. 07/02/2015    

por: Carlos “Cam” Dantas

É chuva pra mais de metro, Sô!

 

“Todo ano é sempre igual”. (Até parece letra de música). Lá vem água! E com ela às inevitáveis (ops, há controvérsia) enchentes. A reportagem e a foto ilustrativa do Jornal “A VOZ DO VALE”, Edição de sábado, 31/01, sobre enchentes na região central de Avaré, no caso específico aquela ocorrida na Rua Sergipe, confluência com a Goiás, demonstrou que “a coisa está (continua) feia”! Inclusive também abordou a “quase” tragédia ocorrida na semana anterior com a tempestade que assolou a Estância com ventos de 100km/h que provocaram prejuízos de grande monta. A redação ainda destacou que o Prefeito Poio Novaes, em entrevista concedida ao Jornal no final do ano passado, afirmou que “conseguir verbas, para combater as enchentes, seria uma das metas de seu governo para 2015”.

Dentro da premissa, mesmo sendo um sonho de difícil realização (entenda o porquê na coluna Déjà Vu [já visto] da próxima semana - 14/02), leio no A VOZ DO VALE, na página 11 do caderno principal que “em encontro com o Ministro das Cidades Gilberto Kassab, ocorrido no último sábado, dia 24, em Paranapanema, o prefeito Poio Novaes entregou ao ex-prefeito de São Paulo e hoje integrante do Governo Federal um projeto de micro e macro drenagem do Córrego Água Branca, obra de grande porte e necessária para solucionar o problema de alagamentos e enchentes na cidade”. Voltaremos ao assunto! Isso merece nova abordagem.

As chuvas estão atrasadas. Choveu muito pouco até então – neste final de 2014 e início de 2015. Os reservatórios da Região Sudeste estão aí para confirmar o período de “vacas magras”, em se tratando de água e de “outras cozitas mas”. Mas elas ainda virão e... com muita intensidade. O avareense, morador numa daquelas áreas “manjadas”, já sabe o que isso significa: enchentes. As vezes a chuva é tão forte que não há como fazer milagre. Não tem bueiro capaz de dar vazão à água, que logo acumula na rua nos pontos de estrangulamento e vai subindo, subindo... Só os “piscinões” para darem modo.

Muitas vezes, porém, a enchente poderia ser evitada: limpar bueiros, bocas de lobo e caixas coletoras periodicamente são uma boa maneira de se prevenir. Outra é cuidar direito dos córregos da cidade. Neste aspecto a administração Poio Novaes não está mandando muito bem (ou quase nada). E não é difícil perceber isso. Os córregos precisam estar com o mato aparado. Seu leito não pode estar cheio de entulho, de lixo. A lama e o lodo precisam ser retirados, até para evitar o mau cheiro. Mas isso não ocorreu.  

 

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Só para aqui ficar nuns poucos exemplos, vamos citar apenas dois requerimentos formulados à respeito deste crítico problema que é o caso da enchente e afeta desde muito tempo atrás grande parte da população avareense, requerimentos, os quais, infelizmente, também não mereceram a mínima consideração dos governantes, pois nem uma simples respostas – principalmente das secretarias diretamente envolvidas – os vereadores requerentes receberam. Tanto Rosangela Paulucci (PMDB) quanto David Cortez (PP) são da base situacionista. Imagine então se não fossem. E o prefeito Poio Novaes ainda insiste em ignorar a necessária (e emergencial) reformulação do Secretariado. Tem integrante(s) do 1º escalão do governo municipal fazendo “cáca” e num futuro (bem) próximo pode comprometer a atual administração. Mas voltando ao cerne da questão, vale destacar que na sessão camarária de 10/11/2014 o vereador David teve o requerimento aprovado oficiando ao Senhor Prefeito Poio Novaes “no sentido de responder aos seguintes quesitos: Por que não há medidas preventivas em relação às inundações e alagamentos em nossa cidade, principalmente ruas Maranhão, Alagoas, Roldão Euprasio Leal e Antonieta Paulucci? Por que não se tomam providências imediatas neste sentido? Quando haverá a resolução desse referido problema? Requer ainda, por meio do setor competente, que tome providências urgentes em relação a isso. Justificativa: Tal propositura visa resguardar à população, principalmente em áreas consideradas como críticas em nosso município”. Já Rosangela elaborou requerimento em 24/11/2014 para que seja “oficiado ao Exmo. Sr. Paulo Dias Novaes Filho, DD. Prefeito Municipal da Estância Turística de Avaré, considerando-se que estamos entrando em uma época do ano em que são frequentes as fortes pancadas de chuvas e, quando não ocorre um escoamento natural de maneira adequada nas galerias pluviais, uma série de problemas aparece em vários pontos do Município, sejam eles devido a falta de manutenção ou limpeza das redes. Vários incidentes são relatados, tais como alagamentos, desmoronamento de vias e outros transtornos diversos causados. À Vista do exposto, é o presente para indagar: 1. No período de estiagem deste ano foram realizadas manutenções preventivas, como limpeza e desobstrução das galerias? 2. Quais ações estão previstas, por parte do Executivo, para sanar este problema? Pedimos para detalhar as ações”.

Assim posto, vamos ao nosso “Déjà Vu Tupiniquim”, Com a opinião do jornal Diário da Terra, edição de 19 de Novembro de 2003 (11 anos atrás) com o título Chuvas e Enchentes. Começa assim: As chuvas de verão aí estão. E com elas as inevitáveis enchentes nos pontos críticos, conhecidos “de cor e salteado” pelos nossos governantes, trazendo o desespero e aflição para os moradores da Avenida Anápolis, Rua Piauí, imediações da antiga Antártica, Rua Maranhão nas proximidades do Super Porto Peg-Pag, antigo Posto SM, Supermercado Clivatti, Construfic, Honda, e centro velho de Avaré, entre tantos outros locais que a cada chuva inundam e ocasionam transtornos e danos materiais àquelas centenas de pessoas prejudicadas diretamente, pelo que classificam de “negligência do Poder Público”.
Tanto isso é uma pura verdade, que o Vereador Robson Golçalves de Lima (PP) fez um requerimento na sessão de segunda-feira, 17, durante a palavra livre, solicitando ao Prefeito Wagner Bruno que informe, de forma concreta, quais as providências que estão sendo tomadas para combater as inundações que assolam a cidade durante o verão. Agora o Vereador tem dupla preocupação: por ser um representante do povo e por residir atualmente na Rua Distrito Federal, bem próximo de uma conhecida área de risco, que é o pátio do antigo Posto SM (Rua Maranhão esquina com a Distrito Federal).

Há muitos e muitos anos temos nos deparado com enchentes nessas localidades. Muito se tem dito e discutido a respeito do problema, mas a cada legislatura o que vemos é a situação perdurar; promessas de construções de “piscinões”, canalização dos córregos Água Branca e do Curtume, implantação do restante das galerias no centro velho, etc...,etc...,etc..., e no ano seguinte, novas enchentes e novas promessas.

 

Mas é só passar o período de chuvas grossas, mais intensas, que o nosso povo se esquece das enchentes e volta à sua vidinha normal, a de jogar lixo nos córregos que cortam Avaré. Mas enquanto não se conscientizam da gravidade do problema, a prefeitura tem que continuar fazendo a sua parte, limpando os leitos e margens nos córregos e riachos, serviços que, infelizmente, não vem realizando alegando uma falta de verba e mão de obra disponível. (...)


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