Déjà Vu (Já Visto) ed. 19/12/2015
por: Carlos “Cam” Dantas
e-mail: colunistacarloscam@gmail.com
“Tá duro de lidá”: Vem aí o Páreo Eleitoral no “Hipódromo Avaré”
Desta vez extrapolaram; estão antecipando ainda mais a largada e as inevitáveis brigas e ofensas pessoais já começaram. Às favas com as convenções partidárias que serão realizadas em abril de 2016: “Eu estou me lançando candidato agora e que se dane os outros pretendentes do partido”. (“Arre égua!”)
Segundo comentários coletados nos “botecos da vida” da região periférica e central do Município, sem nenhum valor de pesquisa, é bom que se frise, Joselyr Silvestre está na dianteira, seguido de Denílson Ziroldo, Poio Novaes, Rogélio Barchetti, Rogério Rodrigues, Marcelo Ortega, Aparecido “Gato”, Cacilda e outros citados, ficando o ex-prefeito Wagner Bruno com a rabeira. Até aí nenhuma novidade. Joselyr possui luz própria, já comandou o município, consequentemente mantém uma torcida fiel. O presidente da Câmara, Denílson, que faz ferrenha oposição ao desastrado governo Poio, esta sendo lançado na disputa como uma terceira via, trazendo nas rédeas um discurso mais voltado para os jovens, opção para aqueles que querem renovar, literalmente, e repudiam não só o atual quanto os ex-prefeitos Joselyr, Barchetti e Wagner; isso se ainda não lhes bastassem os graves problemas que enfrentam na esfera criminal e eleitoral. Como “azarão”, Ziroldo quer atropelar correndo por fora e ser ovacionado “rompendo a fita” em primeiro lugar. Poio Novaes, de mãos dadas com políticos retrógrados e ultrapassados, colhe os azedos frutos da rejeição plantado por uma equipe incompetente, de “casco duro”, que “tropeçou na raia” durante os três anos de uma nefasta administração. Para muitos é uma aposta perdida, cujo rateio paga pouco, (tanto quanto Wagner Bruno) e ciente disso, procura reverter à situação com uma “carreira” melhor, prometendo um 2016 prospero em termos de conquistas e com as finanças municipais estabilizadas (Huumm!!). Ocorre que cavalga contra o relógio, pois só tem praticamente 90 dias (a partir de abril a Legislação Eleitoral engessa os governos) para realizar aquilo que os “turfistas” de plantão julgam ser impossível: vencer a disputa na reta final, mesmo que hoje lhe falte fôlego na “carreira”.
Contudo, apesar do panorama que se espelha, podemos emitir dessa conversa informal colhida junto ao povão algumas considerações, mesmo observando estarmos ainda no início (de modo ilegal) da corrida rumo ao Paço Municipal Avareense. Também levando em conta que os confrontos anteriores ensinam que tais apanhados “opinativos” refletirão em índices do quadro de intenção de voto com maior nitidez, somente após o início do horário eleitoral gratuito nas rádios, dos debates entre os candidatos (a FM Interativa se mobiliza para realizar o primeiro deles), bem como os tradicionais comícios em praças públicas, isso lá pelos meses de agosto/setembro do ano vindouro.
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Mas por enquanto tal sondagem despretensiosa aponta que os três ocupam, em conjunto, espaço significativo no quadro de centro – esquerda. Significativo mas não total, diga-se para resguardar uma imensa parcela do eleitorado (percebe-se) que atualmente não sintoniza com nenhum deles. Sim, porque, além do campo político – ideológico coberto pelas propostas de Joselyr, Ziroldo e Poio ou melhor, pelo pouco que ainda conhecemos delas, existe um espaço, por ora pouco nítido, em que se situam segmentos do pensamento radical das classes médias urbanizadas, de certas lideranças comunitárias, de sem – teto, de inconformistas de variada ordem, de muita gente que já foi profissional liberal respeitável, assim como de jovens desempregados sem muita perspectiva de vida produtiva no município, sem contar aquelas massa insatisfeita com as gritantes falhas na área da saúde, transporte e infraestrutura urbana, entre outros. Inclua-se nesse barco muitos jovens progressistas que não aguentam o que acham de “papo dos políticos”; das velhas “raposas”; e aí o campo se abre para os postulantes novatos nesta raia, muitas vezes pesada, esburacada, cheia de armadilha, onde vários concorrentes, particularmente aqueles velhos e cansados corredores, costumam tropeçar. Esses são as intenções de votos apontados como indecisos que os postulantes ao pódio têm que correr atrás, pois irão decidir a corrida eleitoral. Só não podem – e não devem – cair no lugar comum, na vala da hipocrisia da promessa vã, abordando todos os problemas do momento e afirmando, se eleitos, encaminhá-los à solução prática, para em seguida, quando no exercício do cargo pleiteado, esquecerem completamente o que disseram, alegarem que pegaram uma prefeitura quebrada e virarem as costas para a população, frustrando a expectativa daqueles que o elegeram. Pois se pensarem assim, com certeza, irão “cair do cavalo” neste difícil páreo que será levado a efeito no dia 2 de outubro de 2016, no “hipódromo” chamado Avaré.
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Neste cenário o presidente do Legislativo Denílson Ziroldo tende tomar a dianteira seguido de perto por Rogério Rodrigues, Marcelo Ortega, vice-prefeito Aparecido “Gato” Fernandes, Cacilda “Mãos de Fada” e Canovas. Outros expressivos nomes que podem surgir surpreendentemente e confirmarem que são bons de carreira, incomodando os eventuais lideres até então, arrancando por fora e entrando cabeça-cabeça na reta final eleitoral de Outubro, é o atuante vereador Barreto do Mercado, que pela lógica deverá ser o indicado do PT no lugar de Wagner Bruno, [“contundido na panturrilha”, anda dando muitas “mancadas”, como aquelas verificadas na entrevista da Rádio Avaré-AM], não têm às mínimas condições de enfrentar os verdadeiros “puros sangue” (no campo político é preciso reiterar a analogia imaginária) juntamente com o trunfo que o PTB está guardando para o “grande premio”, que atende pelo nome de Flávio Zandoná, atual presidente do Sincomerciários de Avaré. Quer dizer, Zandoná pode ser o indicado desde que Joselyr esteja fora do Páreo Eleitoral (o que será mais provável), pois, segundo comentários nos “bares e cafés da vida”, a filha Bruna, atual vereadora, infelizmente não tem a sua simpatia e o Joselyr Filho não tem a simpatia do povão. Todavia é de bom alvitre esclarecer que tudo aquilo aqui delineado é fruto de mera especulação dentro do imaginário popular, simplesmente servindo de “pano de fundo” para compor a coluna. O melhor mesmo é aguardar os pronunciamentos oficiais das siglas políticas, bem como as convenções partidárias para se ter um panorama real da “coisa”. E desta forma o DÉJÀ VU TUPINIQUIM, essência da coluna, pode ficar caracterizado.
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NR: Outro comentário pertinente que, se de fato verídico, pode mudar completamente o panorama eleitoral que ora se apresenta, diz respeito ao abandono da “vida” político-partidária do Prefeito Poio Novaes que não será mais candidato em 2016 atendendo veemente apelo da família. E se assim for o campo se abre para o recém filiado no PMDB, empresário no ramo de confecção e ex-vereador Carlos Rodrigues, o “Carlão Fernanflac”, que pode estar junto com o radialista Rodivaldo Ripoli na coligação que se desenha.