O número de crimes ocorridos na zona rural de Avaré (SP) subiu 53% nos cinco primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, afirma a Polícia Militar. Com o aumento da insegurança na região, cresceu também a utilização de câmeras de monitoramento nas propriedades.
Um dos casos é do produtor Claudio Alves Filho, que teve uma roçadeira avaliada em R$ 2 mil furtada. Ele diz que já perdeu as contas de quantas vezes os frangos da granja que cuida foram levados. “Fica uma sensação de impunidade, a polícia deveria fazer rondas mais constantes, porque a vizinhança toda já foi roubada”, diz.
O ajudante geral Wellington Luiz Silva também sofreu prejuízo com o furto de uma caixa de som avaliada em R$ 500. Ele até trouxe a cachorra de estimação pra vigiar a casa e não deixa a porteira mais aberta, isso porque se for furtado alguns dos animais da propriedade a conta será bem maior. “A gente vive aqui no sítio, tem mais liberdade que na cidade. E quando acontece esse tipo de coisa é complicado.”
Segundo a Polícia Militar, os roubos continuam zerados na zona rural, mas os furtos de maquinários e ferramentas agrícolas passaram de seis para oito e os furtos de gado, subiram de sete pra 12. Segundo o major da PM Aleksander Lacerda, esse tipo de ação acontece geralmente de madrugada, quando os funcionários das propriedades estão dormindo.
“A patrulha rural é composta por policiais militares com conhecimento da área rural da região, eles trabalham entre a tarde e a noite para dar atendimento a esses tipos de delitos. É feito patrulhamento nas principais áreas rurais da cidade, e também fazemos as chamadas visitas técnicas aos produtores para saber se há algo suspeito na região. Caso apareçam veículos de transporte nunca visto na região, pessoas suspeitas rondando as propriedade, é preciso ligar à polícia para fazer denúncia”, conclui.