Contas de água da Sabesp estão 15,24% mais caras


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Jornal O Avaré 06/06/2015 09:59:26

Botucatu, assim como as demais cidades que são abastecidas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp),  estão pagando 15,24%  a mais nas  contas de água  desde esta quinta-feira (4). O aumento foi aprovado em maio pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp), que citou a crise hídrica e a maior demanda de energia elétrica usada nas bombas como justificativa.

 

As contas mais caras começaram a chegar na casa dos clientes de 359 cidades operadas pela companhia na Região Metropolitana de São Paulo e no interior a partir de sexta-feira (5), com a cobrança proporcional aos dias das tarifas antes e depois do reajuste, de acordo com a Sabesp.

 

O reajuste de 15,24% ficou abaixo dos 23% solicitado pela companhia após várias negociações com a Arsesp. Em novembro de 2014, a Sabesp já havia obtido autorização para aumentar a conta em 6,5%. Segundo o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, obras consideradas não prioritárias serão adiadas por causa do reajuste menor, mas os projetos que serão alterados ainda não foram definidos.

 

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, garantiu que nenhuma obra importante contra a crise hídrica prevista para 2015 será afetada.   Reajuste 'correto'   Após a liberação do reajuste, o governador de São Paulo disse considerar “correto” o aumento de 15,24% na tarifa de água cobrada pela Sabesp. “A decisão da Arsesp foi correta. A Arsesp verificou todos os indicadores e aumento de custo, especialmente o da energia elétrica, queda de produção pela restrição hídrica, questões da chuva, e corretamente estabeleceu o valor”, afirmou Geraldo Alckmin.

 

 

O governador garantiu que nenhuma obra importante contra a crise hídrica prevista para este ano será afetada. Segundo ele, a companhia pagará a diferença dos valores previstos se houver falta de recursos por causa do reajuste menor. “A Sabesp tem uma grande capacidade de investimento e as obras prioritárias elas serão mantidas com recursos próprios da Sabesp e com financiamento que já estão estabelecidos”, disse.   Prejuízos com a crise   Em março, o secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, disse em entrevista ao G1 que a companhia vive uma situação econômica difícil porque houve uma perda de receita com a queda no consumo de água e na concessão de bônus para quem economizasse.

 

Quando as represas secaram no ano passado, o lucro da Sabesp caiu dos quase R$ 2 bilhões em 2013 para R$ 903 milhões em 2014. Já nos primeiros três meses deste ano, a companhia teve queda de 33,4% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre de 2015, o lucro foi de R$ 318,2 milhões, contra R$ 477,6 milhões em 2014. Mas, segundo Alckmin, apesar de a Arsesp ter permitido que a Sabesp suspenda, quando quiser, a política de descontos para equilibrar o caixa, o bônus na conta será mantido.

 

O governador apontou uso racional da água e obras estruturantes já em andamento como a estratégia para que São Paulo passe pelo período seco com garantia de abastecimento da população.


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