A VOZ DA REPRESA Costa Azul & Adjacência
“A crítica ou o elogio de cara nova”
por: Carlos “Cam” Dantas e-mail: avozdarepresacam@gmail.com # Região da Represa sofre com as queimadas. Na última semana, a “coisa” foi brava! Moradores ribeirinhos dentro da área limite com a Rodovia João Mellão sentido fazendas: Avaré, do Batocchio, do Curiati, até as proximidades da Ponte Alta, braço da represa com inúmeros loteamentos e chácaras ao redor, estão apavorados com a quantidade (e intensidade) de queimadas que todo santo dia tem que suportar. “É fumaceira pra demais da conta, sô!” Crianças e Idosos são aqueles que mais sofrem com essa prática condenável que nossas autoridades fazem questão de ignorar. A queimada da palha como preparação da lavoura para a colheita, além de todos os problemas que representam para a saúde das populações locais e para os trabalhadores do setor, ela também representa uma grande ameaça ao meio ambiente. “Embora o fogo seja efêmero, em razão de todo o preparo feito nos canaviais antes das queimadas”, como tentam justificar os arrendatários de glebas para o plantio da cana, “ele é suficiente para destruir um número ainda incalculável de espécimes da fauna, desde insetos até predadores maiores, causando um desequilíbrio ecológico ainda maior de que a atividade da monocultura canavieira”. ––––––––––––––––––––– # Leis estão sendo burladas. Hoje a prática das queimadas segue uma regulamentação específica no Estado de São Paulo (Lei nº 11.241/02 e Decreto Regulamentar nº 47.700/03) que prevê seu completo banimento para o ano de 2031 em um processo de redução gradativo que funciona mediante a liberação de autorizações de queima. Na busca de antecipar os prazos considerados muito longos, já em 2007 o governo do estado, em parceria com entidades representativas do setor, lançou o protocolo agroindustrial, onde os signatários se comprometeram a antecipar o fim da queima para 2014 (Huumm!) nas áreas mecanizáveis, e 2017 para as não mecanizáveis. Em contrapartida alguns municípios já estão proibindo a prática das queimadas em seus territórios através de Leis Municipais, como Avaré, por exemplo, com a “Lei Canovas” (nº 879 de 17/10/2006). Só que ninguém cumpre! Também... se ninguém fiscaliza! Vale esclarecer que ainda outro tipo de queimada predomina por aqui, no entorno do Jurumirim, como a limpeza de área para loteamento ou para as pastagens e/ou lavouras. Tudo sob as vistas complacentes de autoridades que deveriam combater a ilegalidade gritante. Especificamente no Costa Azul, semana passada, foi colocado fogo em todo o mato existente na orla da represa (em vez de roçarem) e ontem foi à vez do lixão, na Praça Cruzeiro do Sul, denunciado pela TV TEM. E a Prefeitura alega não saber de nada. (Huumm!). Com a palavra nossos legítimos representantes no legislativo avareense, eis que o Secretário Municipal de Meio Ambiente, o botucatuense Julio Ruffin Pinhel, segundo consta, ignorou a denuncia referente às queimadas. –––––––––––––––––––––
# O excesso de peso arrebenta as estradas. O transporte de cana, do campo à agroindústria, é outro aspecto que merece destaque, visto que tal operação é totalmente feita através de transporte rodoviário, realizado por caminhões com uma ou mais carretas, (bitrem) que utilizam carreadores, ou seja, estradas vicinais e trechos de rodovias, ocasionando, além da poluição do ar causada pelo consumo do óleo diesel, riscos de acidentes com outros veículos, atropelamentos e deterioração da infraestrutura (o asfalto e sua base) no período da safra. E se o trajeto incluir trechos urbanos então,... (Já pensou nas consequências, com esses caminhões e suas cargas trafegando em cima do asfalto, de comprovada má qualidade, executado no Jardim Paraíso, denunciado pelo vereador Denílson?).
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