A chuva e o vento forte da noite do último domingo (19) causaram estragos em Paranapanema (SP). De acordo com a prefeitura, pelo menos 48 casas ficaram destelhadas. Alguns moradores tiveram que deixar os locais onde vivem com medo de desabamento.
O aposentado Pedro Evangelista teve a casa danificada pelo vendaval. Parte da residência ficou totalmente destelhada e, por orientação da Defesa Civil, a família foi retirada do imóvel. Nesta segunda-feira (20), o morador ainda tentava se recuperar do susto, mas o cenário dentro da casa fazia o morador relembrar o momento do temporal. Na cozinha, pedaços do forro caíram e ainda havia água no chão. Já no banheiro, todo o telhado despencou. As telhas foram arrancadas com a força do vento. “Deu aquele vendaval e eu comentei com a minha mulher que estava vindo um temporal. De repente ouvimos o estouro e as telhas voaram lá do outro lado. O que eu fiz foi pegar duas televisões e levar para a casa do vizinho”, diz.
No quintal da casa, mais marcas do temporal. Dois tanques elétricos de lavar roupa que ficavam junto a uma parede foram arremessados no meio do quintal. A Defesa Civil esteve no local para avaliar os estragos e decidiu retirar os moradores da casa. “Um engenheiro da prefeitura esteve visitando o local e fez o levantamento da necessidade da casa depois do vendaval. A reforma será acompanhada por ele”, explica a representante da Defesa Civil Sandra Libaneo.
Perto da casa do aposentado uma castanheira centenária que ficava no jardim de um museu foi arrancada do chão. Na mesma rua, a equipe de reportagem da TV TEM flagrou um morador consertando o telhado de uma das 48 casas afetadas pela chuva.
Além das casas, o vento derrubou parte do muro que cerca o estádio municipal Edvaldo Rodrigues de Arruda, na Vila Leme. Em um espaço de aproximadamente 30 metros, os tijolos ficaram caídos sobre o barranco na lateral do campo de futebol.
Já em um posto de combustíveis na saída da cidade, o forro do teto também cedeu com o vendaval. Em outro ponto, o toldo que ficava na frente a uma padaria caiu. O dono, o comerciante Paulo Rodrigues, diz que ficou assustado com a tempestade. “Acho que nunca aconteceu um temporal desse. Acho que foi um dos temporais mais fortes dos últimos tempos. Eu não me lembro de outro igual a esse”, destaca.