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A campanha conhecida internacionalmente como Outubro Rosa alerta sobre a importância do combate ao câncer de mama em humanos. No entanto, a doença não é exclusividade, atingindo também os cães.
Segundo o portal do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), a incidência do tumor em cadelas é de cerca de 45%, quase o dobro dos novos casos da doença em mulheres, e que aproximadamente 30% das gatas sejam diagnosticadas com a doença.
A médica veterinária Carla Storino Bernardes, explica que a principal causa do desenvolvimento do câncer está ligada a alterações hormonais.
“Grande parte dos tumores mamários acometem as fêmeas, sendo extremamente raro em machos. Devido a influências hormonais, a presença de receptores como estrógeno e progesterona, tem papel importante para excitação hormonal no desenvolvimento de tumores”, afirma.
Segundo a veterinária, os animais idosos tem maior propensão de desenvolver a doença. Este foi o caso da cachorrinha Theodora, que tem 14 anos.
“Eu a resgatei das ruas em novembro de 2015 e logo notei nódulos na barriguinha dela, eles eram bem grandes, do tamanho de uma laranja. A aparência era assustadora, porém, ela não tinha nenhum sintoma, já que os tumores não estavam ulcerados, abertos”, conta Patrícia Pedroso, tutora da Theodora.
Após um ano da descoberta dos tumores, a tutora notou algumas alterações na região onde eles estavam. Ela conta que, no início, não havia necessidade de cirurgia porque os nódulos estavam estagnados. No entanto, depois de um tempo, o aspecto brilhante na pele chamou a atenção dela.
"A veterinária disse que caso a cirurgia não fosse feita corria-se o risco da pele se romper, o que aceleraria a morte da Theodora. No início me assustei, pois o corte era gigantesco, mas sua recuperação foi muito rápida, com repouso, uso de roupa cirúrgica e os remédios, em uma semana ela já estava ótima”, relembra Patrícia.
No caso da cachorrinha Theodora, a atenção da tutora foi fundamental, pois o diagnóstico precoce pode salvar a vida dos pets. O toque é fundamental na descoberta da doença. Também foi assim que Mariana de Souza, tutora da Dalila, descobriu o câncer.
“O tumor era pequeno e não atrapalhava, como eu tinha um banho e tosa comecei a notar um crescimento, antes que ficasse maior a levamos no veterinário e ele nos orientou a retirada das mamas e do útero dela. Para o tumor não voltar, foram retiradas quase todas as mamas. Ela fez a cirurgia há um ano, agora já está melhor”, recorda Mariana.
Sintomas e tratamento
Diversos sintomas como dor, falta de apetite, odor desagradável, vômitos e apatia podem indicar que há algo errado com a saúde do pet. De acordo com a veterinária, de 80 a 90% dos tumores de mama são malignos.
"O tutor nota uma massa nodular firme que pode aderir à pele, mas não à parede abdominal. As mamas ficam inchadas e vermelhas e, em alguns casos, podem apresentar muco. Já nos casos mais graves o animal apresenta ulceração de pele”, alerta.
Após o diagnóstico, por meio de um exame citológico (punção com agulha) ou através de uma biópsia, que indicam a gravidade do tumor, o tratamento pode ser realizado com cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou eletroquimioterapia.
“A castração, antes do primeiro cio, ainda é a melhor forma de prevenção da doença, já que bloqueia os fatores hormonais”, reforça Carla.
Fonte: G1.
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