A Câmara Municipal de Tatuí (SP) determinou por unanimidade a cassação do mandato do vereador Claúdio Oklahoma (PSL). A sessão que analisou o mandato do político começou na noite de segunda-feira (11) e terminou na manhã desta terça-feira (12).
A denúncia apresentada acusou o político de se referir a uma mulher negra como "chita", "carvão queimado" e outras expressões racistas em um grupo de WhatsApp.
O caso ganhou repercussão no dia 29 de março, depois que prints foram divulgados nas redes sociais. O vereador Cláudio Oklahoma (PSL) nega que seja o autor das mensagens.
Nos prints que circularam na internet, uma das mensagens dizia que uma mulher negra seria transferida para trabalhar em Quadra (SP) "porque é muito feia para ficar na agência de Tatuí. Só tem mulheres novas e bonitas. Dragão desgraçada, de feia".
Nas mensagens atribuídas ao vereador, ele também supostamente se referiu à mulher como "diabo", "vesga" e diz que "o filho é tão feio que acho que criaram a placenta e jogaram o feto fora".
Os prints também mostraram mensagens de cunho sexual sobre a vítima, que foi chamada de "neguinha" na conversa. Houve o envio da foto de uma banana com a legenda: "deixa a chita louca".
A vítima disse que registrou um boletim de ocorrência sobre o caso. Após a divulgação das mensagens, coletivos antirracistas e feministas de Tatuí repudiaram a situação e divulgaram um abaixo-assinado nas redes sociais.
Na época, o vereador Cláudio Oklahoma publicou uma nota de posicionamento, dizendo que os prints eram montagens para prejudicá-lo, "sem qualquer nexo e/ou verdade, produzidos por um desafeto".
Agora, o parlamentar afirmou que a cassação foi uma decisão política e que as expressões compartilhadas nas redes sociais foram tiradas de contexto. Ele também disse que pretende recorrer da decisão na Justiça.
A cadeira de Cláudio na Câmara será ocupada pelo suplente Levi Pinto Soares (PSL).
Fonte: G1.