Bancos de leite materno precisam até seis vezes mais doações

Desconhecimento, dificuldade de acesso e maus hábitos contribuem para a alimentação insuficiente dos bebês

Uma região de 250 mil habitantes precisa de 120 litros por mês para alimentar apenas os bebês da UTI neonatal. Poucas cidades, como Brasília, atingem esta meta mínima. Um dos motivos é que 86% das mães nunca doaram leite materno. Mais da metade delas não está ciente do assunto ou não tem acesso a um dos mais 343 bancos e postos de coleta.

Seis por cento mães substituiram o leite materno por fórmulas e quase um quarto terminou a amamentação precocemente, contribuindo assim para a falta de doações. Um terço das mães já introduziu outros alimentos antes dos 180 dias de vida. Uma explicação está nos problemas frequentes como mamilos rachados que afetam mais da metade.

Existem diferenças regionais e entre os estados. No Centro-Oeste e no Sul há mais doadoras, enquanto no Nordeste nem 10% chegam a doar. As mães do Norte menos recorrem a fórmulas e amamentam por mais tempo. A região Sudeste está geralmente próxima das médias nacionais.

A pesquisa foi realizada através de um questionário com 5 perguntas acrescentado no final de cada post do site entre os dias 2 e 13 de julho 2015. A participação das 513 entrevistadas foi voluntária e aleatória. Recebemos respostas de todos os estados menos Roraima. Participantes que somente alimentaram os filhos com fórmula não participaram das outras perguntas sobre amamentação.

Sobre o Trocando Fraldas

Trocando Fraldas (TF) é um portal informativo sobre maternidade e fertilidade criado em 2012 a partir das experiências da autora paulista Patricia Amorim, mãe de três filhos entre 4 e 13 anos. Amamentação é um tema destacado desde a campanha “Doe Frascos de Vida” em 2014 que também lançou o aplicativo Lobale (Localizador de Bancos de Leite) acessado por mais de 15 mil usuárias.