A costureira Ana Paula Rocha viveu momentos de aflição quando viu o neto Pedro, de apenas 2 meses, sem respirar engasgado com a própria saliva na casa onde moram, em Avaré (SP). Ela buscou ajuda da Polícia Militar para saber qual medida tomar para salvar a vida do recém-nascido. Do outro lado da linha, a policial militar Célia Aparecida Costa orientou a avó a como socorrer a criança até que a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegasse a casa. (ouça o áudio acima e leia a transcrição abaixo)
Policial: Polícia Militar, emergência?
Avó: Alô. É 190?
Policial: Sim, senhora.
Avó: Moça, pelo amor de Deus... eu estou com o neném aqui. Está engasgado e eu não sei o que fazer!
Policial: Está engasgando? Quanto tempo ele tem?
Avó: Dois meses
Policial: A senhora vira seu braço para cima e põe ele deitado de barriga no seu braço! Aí você vai dar empurrões nas costas dele.
Avó: Ele está muito ‘molinho’, mas ele está respirando
Policial: Está? Mas a viatura está indo aí e o Samu também.
A emergência aconteceu na terça-feira (7). Três dias depois do susto, a mãe e avó da criança se encontraram com a policial que as ajudaram a salvar o bebê na base da PM. A família fez questão de agradecer e retribuir com um abraço de gratidão. “Na hora que vi ele desmaiado não sabia o que fazer, a única coisa que veio na cabeça foi pedir ajuda da polícia”, afirma a avó Ana Paula.
Durante o encontro, Célia ficou com Pedro no colo e recebeu o carinho por ter ajudado a salvar a vida dele. “Quando a pessoa reconhece e agradece, ficamos muito felizes. É o fruto do nosso trabalho, não só meu, mas da minha equipe”, conta a policial.
A mãe do bebê, Elcilene Maria de Oliveira, conta que quando assistiu o filho à beira da morte ficou sem reação. Agora está aliviada. “A sensação de perder o meu filho. Estava sem forças para ligar, minha mãe que teve forças para cuidar dele e ligar. É muito bom saber que tem pessoas igual ela [policial Célia] para ajudar a gente”, diz.
O cabo PM Valter Gusmão Tinto conta que recebe vários chamados desse tipo e os bebês são as vítimas mais comuns. Quem pede ajuda deve manter a calma, seguir as orientações e aguardar a chegada dos socorristas. “Procuramos fazer com que a pessoa que está ligando mantenha a calma, para que ela possa passar a situação da vítima, e para que, com calma, orientemos a salvar essa vítima”, explica.