Os alunos do curso de Artes da Fundação Regional e Educacional de Avaré - Frea participaram de uma atividade que reproduz fotografias por meio de macarrão, tipo "sopa de letrinhas".
O Trabalho tem como referência a obra do artista plástico Vik Muniz, que utiliza de materiais inusitados para criar ou recriar imagens de obras de arte que após serem minuciosamente construídas, são finalizadas pela fotografia e todo processo anterior é desfeito.
Reforçando o poder que a fotografia tem de transformar materiais em temas, o trabalho teve como proposta inicial a pesquisa de personalidades importantes para os alunos. Essas imagens, por sua vez, foram reproduzidas com macarrão de letrinhas e finalizadas pelo registro fotográfico no intuito de gerar uma nova maneira de ver e pensar a fotografia.
A atividade acabou despertando a curiosidade e instigando lembranças de algo que, quando crianças, degustamos (a famosa sopa de letrinhas), e ainda remete a ideia da pesquisa como alimento do conhecimento. Esse trabalho teve a supervisão do Professor Marco Antônio Fernandes Junior.
"Todos os alunos do primeiro termo estão de parabéns pelo trabalho e pela dedicação. A atividade foi um sucesso e o resultado foi brilhante. Parabéns a todos pelo resultado" parabenizou o professor da Frea.
VIK MUNIZ - Vicente José de Oliveira Muniz, mais conhecido como Vik Muniz, é um artista plástico brasileiro radicado nos Estados Unidos. Faz experimentos com novas mídias e materiais. Suas obras são feitas de materiais inusitados, como lixo, restos de demolição e componentes como açúcar e chocolate.
Em seu quadro de Sigmund Freud, usou calda de ameixa e um pouco de caqui podre para criar a imagem. Para sua série Sugar Children (Crianças do Açúcar), Muniz foi para uma plantação de açúcar em St. Kitts para fotografar filhos de operários que trabalham lá. Após voltar para Nova York, ele comprou papel marrom e vários tipos de açúcar, e copiou os instantâneos das crianças nuas espalhando os diferentes tipos de açúcar sobre o papel e fotografando-o. Isso gerou grande polêmica que só foi resolvida dois anos depois da obra, que acabou sendo liberada, porém teria que ser vendida por apenas R$4.000,50.
Mais recentemente, tem criado obras em maior escala, tais como imagens esculpidas na terra (geoglifos) ou feitas de enormes pilhas de lixo.