Adestrador dá dicas para facilitar a adaptação dos novos pets em casa


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Jornal O Avaré 24/02/2017 00:00:10

Os pets nos fazem companhia, nos alegram e até nos acalmam. O convívio com animais de estimação tem inúmeros benefícios. O problema é quando eles começam a agir de uma forma estranha, como, por exemplo, fazem xixi onde não deve, estragam móveis, latem excessivamente. Esse comportamento pode ter uma origem bem simples: problemas de adaptação.
 
 
Além de carinho e cuidados, o animal precisa de um espaço que o comporte confortavelmente, o que ajuda na adaptação. "Antes de escolher um novo pet, é extremamente importante que o futuro proprietário avalie qual raça é ideal para sua realidade financeira, a rotina da família e o espaço disponível. A escolha da raça dará uma boa noção da personalidade ou 'canilidade' do novo membro da família", explica o adestrador de Sorocaba (SP), Vinícius Petucco.
 
 
 
 
Para a assistente administrativa Amanda Macedo, essa etapa foi fácil, já que sua cachorrinha Avelã foi adotada na fase adulta. Porém, no início da adaptação, o animal se demonstrou muito medroso. "Ela chegou bem animada, mas, quando a moça do abrigo foi embora, ela ficou arredia, chorou um pouco e ficou a maior parte do tempo deitada observando o movimento da casa", conta Amanda.
 
 
Mesmo um ano e meio após a adoção, a cachorrinha ainda tem receio do contato humano. "No início, ela abaixava sempre que íamos fazer carinho, como se estivesse se protegendo de uma possível agressão. Até hoje ela tem receios de carinho na orelha e chora toda vez que encostamos nela. Até questionei a veterinária, que descartou qualquer problema físico. Imagino que possa ter acontecido algo no passado para ela agir assim", relata a assistente administrativa.
 
 
 
 
Apesar do pouco receio que Avelã ainda possui, o comportamento do animalzinho mudou completamente. "Agora ela brinca, segue a minha mãe em todos os lugares, adora passear e dormir no solzinho. Ela desenvolveu uma extrema confiança em todos nós. Antes ela não ficava tão próxima. Hoje ela pede colo, carinho, água, comida e passeio", declara  Amanda.
 
 
Se a adaptação de um novo pet em uma casa sem outros animais é algo delicado, imagine em um lar com sete? Esse foi o desafio aceito pela esteticista Larucha Menezes ao adotar o gato Pascoal, há 10 meses. "Nós já tínhamos uma gata, três cachorros e três calopsitas. O primeiro contato do Pascoal com as pessoas foi bem tranquilo, já com os animais houve uma resistência de imediato", relembra Larucha.
 
 
 
 
Os antigos moradores passaram a se comportar de maneira diferente da habitual. "No início, eles ficaram retraídos, dois deles ficaram tristes e faziam as necessidades em lugares que não costumavam fazer. A Manu, minha gata, foi a que ficou mais deprimida, mas, por uma semana no máximo, logo que começaram a ter contato físico, isso melhorou", afirma a esteticista.
 
 
O período de adaptação foi fundamental para a harmonia da casa. "Nós deixamos ele em um cômodo isolado da casa por uns dias, até a familiarização dos outros com o seu cheiro e, aos poucos, fomos promovendo o contato entre eles. Agora convivem super bem! O segredo é respeitar o território dos veteranos e ir introduzindo aos poucos o novo integrante", diz Larucha.
 
 
 
Adaptação
 
 
O adestrador Vinícius Petucco preparou algumas dicas para auxiliar na fase de adaptação do novo animal de estimação:
 
 
-  Se você já tem outro  animalzinho, procure  levar para casa um pano com o cheiro do novo membro. Assim o seu pet mais velho já estará familiarizado como o novo odor. Isso diminuirá a curiosidade dele.
 
 
- No primeiro contato, o novo pet deve estar no colo do proprietário, que irá manuseá-lo de forma que o outro animal consiga cheirar o bumbum do novato. Se tudo for pacífico, o dono pode deixar os animais interagirem entre si, mas, a qualquer sinal de inimizade, o dono deve repetir o procedimento.
 
 
- O dono deve sempre associar a presença do novo pet a algo positivo e prazeroso para o animal mais velho e nunca fazer a presença dele ser sinônimo de algo ruim, como, por exemplo, bronca, perda de carinho, perda de atenção.
 
 
- O ideal é não deixar o novo membro da família longos períodos sozinho em casa, principalmente nos primeiros dias. Mas, se isso for necessário, procure deixá-lo em um ambiente controlado e seguro. Se existir outro pet em casa, é mais seguro deixá-los separados quando estiverem sem supervisão. Uma boa dica é deixar um ursinho de pelúcia com seu cheiro para que o filhote se sinta mais seguro na sua ausência. Isso evita choramingos.
 
 
- Um animal de estimação precisa de abrigo adequado, exercícios físicos constantes, desafios mentais, disciplina e afeto para que não haja problemas no seu convívio com os humanos e com outros pets. Além disso, devemos levá-los ao veterinário periodicamente.
 
 
 
Fonte: G1.


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