A VOZ DA REPRESA A Voz do Vale
Costa Azul ed. 16/05/2015
& Adjacência
“A crítica ou o elogio de cara nova”
por: Carlos “Cam” Dantas
e-mail: avozdarepresacam@gmail.com
Dengue: Região da Represa à mercê da sorte
# É o fim da picada! Alto para lenhar baixo para carpir. Mas, de qualquer forma, a picada haverá de chegar ao fim, já que, politicamente falando, “tá russo”. Também vale para a picada do mosquito da dengue. Quanto a este, segundo a VISA, tem até previsão do prazo de validade para a região começar a ficar livre do problema em 2015. (Huumm!!) Por isso, talvez, essa negligência toda. De acordo com as “otoridades”, o pico das confirmações de casos de dengue em Avaré, deve-se concentrar até, no máximo, no final deste mês. Isso porque com o fim do verão e das chuvas, responsáveis pelo acúmulo de água para a reprodução do mosquito, e o início das temperaturas mais baixas, a tendência é que o número de infectados caia de forma significativa.
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# Só por Deus mesmo! O entorno do Jurumirim tinha (e tem) todos os quesitos necessários para que fosse confirmada a epidemia de dengue: mato alto e sujeira em abundância como garrafas, latas, bem como outros vasilhames descartados, assim como visitantes vindos de cidades com o grandes índices de casos registrados, que podiam, perfeitamente, disseminar a doença por aqui. Ainda porque o censo aponta que a maioria dos moradores é a de idoso, categoria que está incluída no grupo de risco que merece cuidado especial. E a contaminação em grande escala só não se verificou porque este ano, principalmente, Costa Azul e Camping ficaram com a má fama de localidades abandonadas, esquecidas pelo governo municipal, consequentemente espantando turistas e visitantes. Em tempos de dengue, “meno male”!
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# Nesta região a ineficiência pede passagem. No mesmo diapasão da Administração Municipal, a local, sob a direção da funcionária comissionada Sandra, nomeada por barganha política, demonstra uma incapacidade funcional enorme e deixa o bairro mais descuidado ainda. Sem pulso firme de comando (e poder de mando) ela não consegue junto aos seus superiores hierárquicos a aquisição ou conserto de uma simples máquina costal para o corte do mato que invade ruas e calçadas. Nem isso, quanto mais o resto! A ocupante deste cargo de confiança do Prefeito (Huumm!!) diz que até tenta obter máquinas, equipamentos e mão de obra, para a manutenção da Região da Represa sob sua jurisdição (Costa Azul, Santa Rita, Ponta dos Cambarás, Pontão do Remanso, e proximidades”) mas encontra resistência junto à chefia. Numa das últimas investidas, praticamente foi “mandada à merda” pelo Secretário de Serviços Ricardo Aurani – segundo suas próprias palavras – que ainda desabafou via fone: “Já estou de saco cheio com o Costa Azul e esses moradores que só sabem reclamar”. Sendo assim, dentro da “dedurada” da encarregada Sandra Maximino, cabe a pergunta: “Então o contribuinte da Região da Represa não tem nem mais o direito de reivindicar melhorias para a sua localidade, senhor Secretário? “Tá duro de lidá!” como dizia o Nicanor, auxiliar do radialista Ripoli, na Paulista FM.
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# Mas não podemos desanimar. Para tanto a ADERJ - Associação “Defensores da Represa de Jurumirim” e o Conselho Comunitário do Balneário Costa Azul, ainda que em fase de formação, estão “se virando nos trinta”, pedindo melhoria para a localidade mais que os mendigos do largo do mercado e igreja Matriz pedem para a maldita “cangibrina” de todo santo dia. Mas a época é a de esperança. A Secretaria Municipal de Serviços lançou a campanha “Cidade Limpa”, e todos acreditam que o mutirão da limpeza também seja aqui realizado: Intenso e frequente. Não tipo penteada, dada em época de datas comemorativas como carnaval, ano novo ou antevéspera de algum feriado prolongado, servindo de colírio para os olhos dos visitantes. (Neste feriadão do Dia do Trabalho, a “coisa” aconteceu “quinem quem”, na região central do bairro, e comprova o pensamento do funcionário da equipe do Saito ao dizer, na base da gozação: “o Prefeito finge que dá aumento real de salário e nós fingimos que trabalhamos realmente na roçada”. Kikiki!). Na propaganda institucional veiculada em rádios e jornais a Prefeitura cita que está empenhada na promoção de uma cidade limpa e para isso, a Secretaria de Serviços intensificou o trabalho de limpeza de ruas, capina de canteiros e áreas verdes, reparo e pintura de guias e sarjetas, troca de lâmpadas da iluminação pública, tapa-buracos, recolhimento de entulhos etc. MAS TAMBÉM PEDE A COLABORAÇÃO DA POPULAÇÃO e para que o intento seja alcançado, solicita ao munícipe que não jogue lixo em terrenos baldios. “E, se for proprietário de algum terreno, lembre que é sua responsabilidade cuidar dele, fazer a roçada regularmente. Caso contrário, a Prefeitura fará o serviço, mas vai cobrar multa”, alerta o texto.
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# E justo neste último alerta (fará o serviço, mas vai cobrar multa) é que a “porca torce o rabo”. Em todos os locais (e no Costa Azul não é diferente) tem sempre aquele espertinho, o “Gerson da Vida”, que gosta de levar vantagem em tudo. Vou desenhar! De forma equivocada o executivo enviou a Câmara o Projeto de Lei nº 48/2015 tratando de alterações na lei nº 332 de 15/08/1995 que “dispõe sobre construção, reconstrução e conservação de muros e passeios e capinação de terreno, e dá outras providências”. Este projeto visa “adequar” o art. 3º da citada lei, que reduz de 10% para 0,5% do valor cadastral do imóvel em caso de multa aplicada. Acontece que a média do valor cadastrado dos terrenos na região da represa é em torno de 20 mil reais (se for ver de perto, nem isso) e assim a tal multa, se a Prefeitura fizer mesmo o serviço, será somente de 100 reais (0,5%) por um terreno (a maioria) de 510 m². Como todos sabemos que os débitos faltamente serão lançados na Dívida Ativa, imagine quantos proprietários irão preferir ficar nesta cômoda situação. O erro cometido foi quando solicitaram a revogação das Leis Municipais nº 380/95 e nº 02/97 que estipulavam uma porcentagem de UFIR para a cobrança por metro quadrado do serviço realizado. Como a Unidade Fiscal de Referência foi extinta no ano de 2000, era só adequar esse índice, numa faixa razoável na ordem de 25% que, agora considerando a Unidade Fiscal do Município de Avaré - UFMA vigente (R$ 2,67) daria uma quantia aceitável de R$340,17, próximo do preço que os profissionais da área praticam aqui, no entorno do Jurumirim; R$500,00 por terreno. Simples assim! Acrescido da multa é claro, a qual deve triplicar na reincidência. Assim posto, o bom senso nos aponta que o Executivo deveria retirar o Projeto de Lei nº48/2015 da pauta do Legislativo e adequá-lo dentro da realidade que se apresenta. Ainda porque a “tchurma do Gerson” aproveita a notificação para a exigida limpeza e desmata o terreno todo, burlando leis ambientais.