A Voz da Represa - Carlos Cam.

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Costa Azul                                                                                  

                 & Adjacência

“A crítica ou o elogio de cara nova”

por: Carlos “Cam” Dantas

e-mail: avozdarepresacam@gmail.com

# As reclamações na Área da Saúde são inúmeras. Falta tudo! Até o profissionalismo de médicos e atendentes. Não é só o Avareense morador do centro urbano que sofre quando precisa de atendimento médico - hospitalar e/ou de remédios. Também nosso povo, aquele da região da Represa de Jurumirim, enfrenta o mesmo problema. E com um agravante: se sente um ser de outro planeta, pois recebe um tratamento diferenciado; piorado se comparado com o ruim, já existente. Preencheu a ficha, informou a residência, lá vem uma observação sarcástica: “mais um do sítio!”. As reclamações brotam no “Bom Dia Cidade”, da rádio Avaré AM, sob o comando do “Clovinho” Guerra. Também ganham espaço no Jornal da Interativa com Zena e Ogunhê e no Jornal da Paulista com Nenê Silva e Rodrigo Costa. Se Chega às 11:00 hrs à  procura de um oftalmologista, por exemplo, a atendente do Posto de Saúde lhe repreende com a “cara amarrada” e diz que deveria ter chegado às 10:30 hrs. E se chega cedo, faz credenciamento, sofre por igual com o menosprezo: só vai ser atendido lá pelas 14/15:00 hrs, pois o médico não aparece antes das 13:00 hrs. Primeiro recebe seus pacientes no consultório particular; “a rede pública que se dane, é só um bico”.

# Em recente sessão camarária antes do recesso, a Vereadora Bruna Silvestre - PSB teve requerimento aprovado oficiando ao Secretário Municipal da Saúde “para que o mesmo informe a esta Casa de Leis quais são os profissionais da área da Saúde (Médicos especialistas) que trabalham para o Município, qual o local de trabalho de cada um, discriminando a especialidade e o local de atendimento, se Postos de Saúde, Pronto Socorro, ESF’s, etc..” O último pedido de informação com esse mesmo teor foi endereçado ao Prefeito Rogélio Barcheti e publicado no Semanário Oficial do Município, na pag.2, no dia 21/05/2011. Por sinal, o requerimento era de autoria do então Vereador peemedebista Poio Novaes. Se a Vereadora receber algum dia a resposta do requerimento elaborado; se a listagem dos médicos e respectivas especialidades for publicada no Semanário, com certeza teremos surpresa em relação à dupla jornada de alguns desses profissionais. Assim a pergunta que fica é: “então onde se escondem, já que não atendem os humildes pacientes que deles precisam?”.

# Leis Municipais vigentes visam disciplinar o atendimento médico. Neste campo também existem normas de conduta na Esfera Federal e Estadual, mas, infelizmente, também são ignoradas. Dentro do nosso “mundinho”, por exemplo, merece destaque e ampla divulgação, a lei nº 1481 de autoria do então Vereador Luiz Otávio Clivatti aprovada em 24/05/2011, “que dispõe sobre a autorização para a afixação de placas ou painéis nos Postos de Saúde, Pronto Socorro, Postos de Saúde da Família e Congêneres e dá outras providências”. Consta no artigo 1º que fica autorizada a afixação de placas ou painéis nessas repartições públicas municipais, indicando quais os dias, horários e quais especialidades médicas e paramédicas estarão disponíveis aos usuários do sistema de saúde. “Parágrafo Único: Os painéis e ou placas devem ser afixados em local visível ao usuário, em tamanho e forma legíveis”. Já o seu artigo 2º esclarece que “Os dias e horários de atendimento poderão ser alterados a critério da direção de cada unidade de atendimento médico”.

Se não resolve, pelo menos aponta ao Avareense, com referência ao atendimento médico que procura quem é o profissional que gosta de gazetear, no momento sugando os cofres públicos, sem trabalhar dignamente. Outra Lei desconsiderada é a de nº1476 de 10/05/2011, autoria de Vicente Schiavão. Se observada, seria uma medida salutar, também de cunho disciplinante. Através de seu artigo 1º especifica que “fica o Município de Avaré autorizado a exigir quando da contratação de profissionais ou empresas para prestação de serviços na área da saúde que envolva urgência e emergência, atestado emitido por pessoa jurídica de direito público ou privado que comprove experiência anterior no ramo de atividade pertinente da empresa e dos profissionais, cuja finalidade é a garantia de qualificação dos profissionais na avaliação e atendimentos iniciais do doente traumatizado”.