'Sou a animadora do hospital', conta menina de 13 anos com leucemia


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Jornal O Avaré 12/11/2015 09:44:14

'Ando pelos quartos para incentivar quem está triste', diz Maria Eduarda.
Garota de Avaré (SP) descobriu câncer há dez meses e espera doador.

 

 

Quando está internada, Maria Eduarda Canovilis Vona, gosta de passear pelos quartos do hospital para entreter e incentivar crianças desanimadas. Duda, como é chamada, de 13 anos, sofre de leucemia linfoide aguda e todo mês precisa passar uma semana internada em tratamento no Hospital da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP). A adolescente de Avaré (SP) confessa ser inevitável a tristeza pela doença, por isto sabe a importância de tentar trazer alegria. “Sou a animadora do hospital. Falo para meus amigos não desanimarem e levantarem a cabeça para seguir em frente.”

Como "ninguém é de ferro", Duda usa a família e os "Doutores da Alegria" para recarregar as energia para enfrentar a própria doença e de tentar ajudar os amigos do hospital. “Gosto muito deles, nós participamos de diversas brincadeiras no hospital e isso me faz esquecer da doença”, conta.

A adolescente descobriu o câncer há dez meses, depois que desmaiou durante compras em um supermercado. Desde então muita coisa mudou na vida dela: o longo cabelo caiu com a quimioterapia, a ida as aulas na escola precisou ser interrompida e os grandes problemas de antes agora são pequenos. Mas, o entusiasmo e otimismo continuam o mesmo, diz o pai José Ricardo Vona. “Minha filha é muito confiante. Às vezes fraquejamos e no fim é ela que dá força para a gente continuar com a luta”, exalta.

Exames comprovaram que a mãe, pai e irmão de Duda são incompatíveis para a doação de medula. Por isso, a família espera por um doador e crê na cura do câncer. De acordo com Débora Canovilis Vona, mãe da garota, a filha já realizou uma bateria de testes e aguarda a resposta da unidade para saber sobre as chances de qualquer pessoa ser compatível com a menina. “Temos a expectativa de encontrar o doador. Estamos todos confiantes”, ressalta Maria Eduarda.

Conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de uma em 100 mil. Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, sob anestesia, e se recompõe em apenas 15 dias (confira mais detalhes na página do órgão).

Para o pai dela, ainda há falta de informação sobre como doar a medula óssea, sendo esta uma das principais dificuldades para pacientes que esperam por uma doação. “Tem gente que acha que para fazer uma doação precisa estar morto. Participo de campanhas contra o câncer com outras pessoas que sofrem ou tem familiares que possuem este problema. Nós explicamos que a doação é feita em poucos minutos e apenas 10% da medula é extraída”, salienta.

'Por que comigo?'
De acordo com a jovem, a sonolência foi um dos primeiros sintomas sentidos por ela. “Não tinha o hábito de dormir no período da tarde. Percebi que havia algo estranho ao sentir dores nas costas e começar a ficar cansada sempre. Isso me deixava com muito sono e eu não tinha esse costume. Não fazia ideia do que estava acontecendo. Anteriormente nem sabia desta doença. Quando entendi a situação, fiquei assustada e perguntava por que isso estava acontecendo comigo”, revela.

A doença só foi descoberta pela família depois que Maria Eduarda teve um mal súbito em um supermercado enquanto passeava com a avó. “Era véspera do Natal quando ela fazia compras com a avó. O médico que atendeu ela achou que era problema cardíaco. Mas depois constataram que ela estava com câncer”, comenta o pai.

Segundo Vona, a notícia sobre a leucemia causou um baque na família. “Ficamos abatidos no começo. Parecia que o mundo tinha caído, porque até então não convivemos com outras pessoas que sofreram com isso”, ressalta.

No entanto, mesmo com desânimo inicial, o pai da jovem destaca que com o passar do tempo novos companheiros se juntaram à batalha da família. “Fomos conhecendo outras pessoas que também sofrem esse problema e reunimos forças para para enfrentar a nossa luta”, diz.

 

 


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