Médicos apontam que o zika vírus ainda é uma incógnita e as autoridades de saúde pública ainda não têm dimensão o quanto esta doença pode estar disseminada pelo Brasil e, por isso, todos estão atuando como sentinelas
A divulgação da notícia vinda da Secretaria de Saúde de Botucatu confirmando o primeiro caso positivo de zika vírus no Município gerou grande repercussão nas redes sociais, já que os médicos apontam que o zika vírus ainda é uma incógnita e as autoridades de saúde pública ainda não têm dimensão o quanto esta doença pode estar disseminada pelo Brasil. Por isso todos estão atuando como sentinelas.
“O importante é que a população faça a sua parte, eliminando quaisquer recipientes que possam acumular água parada. E diferente do que muita gente pensa, mais de 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti estão presentes nas residências, como em vasos de plantas, piscinas e potes para hidratação dos animais domésticos. Reservando pelo menos dez minutos na semana para checar esses possíveis focos é o suficiente para eliminar um vetor e três doenças: dengue, chikungunya e zika”, alertou o secretário municipal da Saúde, Claudio Lucas Miranda.
Em razão disso a Prefeitura pretende colocar em prática, no próximo mês de fevereiro, um novo programa voltado a ampliação de serviços de manutenção em bairros da cidade, incluindo um dia apenas para o recolhimento de materiais inservíveis nas residências que possam ser potenciais criadouros de mosquito. A equipe de agentes da Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) participará desta iniciativa conjunta, promovendo orientações, busca ativa e serviços de nebulização, diante da necessidade de cada bairro.
De acordo com a VAS, todas as medidas de investigação epidemiológica já foram tomadas como forma de rastrear possível proliferação da doença. Ainda assim, uma nova busca ativa será realizada no entorno do local onde reside esta primeira paciente de zika no Município. A zika é mais uma doença viral aguda, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Apesar de ser mais branda que a dengue, há relatos de que o vírus zika esteja relacionado ao aumento de casos de microcefalia, em especial no Nordeste do País.
O caso registrado em Botucatu trata-se de um caso importado. Uma mulher de 56 anos, moradora do Jardim Paraíso, foi infectada na cidade de Cáceres (MT), após viagem feita no fim do ano passado. De acordo com relatos da própria paciente infectada, os primeiros sintomas da doença surgiram antes mesmo do seu regresso a Botucatu, no início deste mês. Ela não precisou ser internada e se recuperou em menos de uma semana.