Os buracos da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), na região de Angatuba (SP), causam prejuízo a muitos motoristas que têm pneus furados devido ao problema. Mas para o borracheiro Luís Alberto Dias, há dias em que atende oito veículos com problemas devido aos buracos. Mesmo assim, não deixa de sentir empatia pelos clientes. “É difícil porque preciso por causa do trabalho, mas tenho dó das pessoas por esse constrangimento na estrada. Daqui a um ano não vai ter como andar na pista mais”, comenta.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) diz que o projeto de obras de Itapetininga (SP) a Ourinhos (SP) deve terminar até o fim de outubro. A obra custará mais de R$ 410 milhões e o edital será publicado em fevereiro de 2016, diz o órgão.
Um exemplo de motorista que sofreu prejuízo é o microempresário Anderson Kléber dos Santos. Por um buraco no quilômetro 204, acabou tendo prejuízo de 360 reais. “Estava vindo de Campina do Monte Alegre (SP) quando me deparei com um baita de um buraco, na verdade uma valeta. Assustei com o baque, parei o carro e fui ver que dois pneus tinham estourado. Cada um foi R$ 180 para trocar”, lamenta.
O buraco que causou “dor de cabeça” a Anderson já foi tapado, mas ele não era o único da pista. Motoristas reclamam que em pelo menos 150 quilômetros da rodovia estão praticamente na mesma situação.
O caminhoneiro Nelson Rocha Dias usa a rodovia todas as semanas. Ele passa pelo trecho que liga Presidente Venceslau (SP) a São Paulo (SP). O caminhão não resiste a tantos buracos, e em um só dia teve que pagar R$ 1,5 mil em manutenção: “Devido a trepidação desconjuntou tudo, a roda saiu, o cubo quebrou, os parafusos saíram.”