A justiça dos EUA confirma as provas levantadas pela força-tarefa de Curitiba. Ninguém mais pode negar: Lula não é um caso de falta de provas, mas de excesso. Augusto de Franco, no blog Dagobah:
As notícias deste final de 2016 são extremamente desfavoráveis à Lula. Não bastasse ele ter se tornado réu 5 vezes pelas mãos da justiça brasileira, a justiça americana também chegou à conclusão – aquela mesma conclusão tão contestada do Power Point do procurador Deltan Dalagnol – de que ele é o Número 1, ou seja, o chefe da organização criminosa. Não há mais como negar. Não é um caso de falta de provas e sim de excesso.
Se Lula permanecer solto será como aquele banco da piada de Emílio de Menezes, que quebrou por excesso de fundos. Um parêntesis para quem não conhece a anedota. Foi uma blague de Emílio contra uma antipática e volumosa cantora lírica portuguesa que, ao sentar no banco de um dos antigos bondes do Rio de Janeiro, fez sua estrutura de madeira ranger; ao que o poeta disse: “é o primeiro banco que vejo quebrar por excesso de fundos”).
Mas Lula não deve ser preso por vingança. Nem se lhe deve infligir sofrimentos voluntariamente. Nada disso é ético. Nada disso serve à democracia. Ele deve ser preso, simplesmente, porque continua chefiando uma organização criminosa que ainda está longe de ser desbaratada.
É preciso entender que essa organização não é propriamente um arranjo ilegal de dirigentes de empresas e de órgãos do Estado montado para delinquir, roubar, pagar propina, desviar dinheiro público. Esses são apenas alguns meios de que a organização criminosa lançou mão para atingir seus objetivos.
A organização criminosa em questão não é uma associação de bandidos comuns. É uma organização política, de bandidos políticos (que cometem crimes contra a democracia, no Brasil e no exterior). A organização criminosa é a direção do PT (o “partido interno”) sob o controle de Lula e Dirceu.
O objetivo dessa organização política criminosa era tomar o poder a partir do governo para nunca mais sair do governo. Era, em outras palavras, bolivarianizar – embora à brasileira – o nosso regime político, enfreando a democracia. Esse objetivo foi frustrado, mas não porque a organização tivesse sido desfeita. Não foi. Enquanto o PT puder continuar atuando legalmente sob a chefia de Lula, a organização continuará existindo. E delinquindo.
Extraida do Facebook.